Sociedade | 22-02-2020 13:33

Carros de autarcas de Azambuja apedrejados por camionistas às portas do aterro

Carros de autarcas de Azambuja apedrejados por camionistas às portas do aterro
foto DR

Situação ocorreu de forma inesperada este sábado à noite, depois de abordarem a dezena de camionistas estacionados junto ao aterro.

Os carros do vereador António José Matos, onde seguia com a presidente de junta de Azambuja, Inês Louro e do presidente dos Bombeiros de Azambuja, André Salema foram apedrejados às portas do aterro, na noite deste sábado, 21 de Fevereiro.

O incidente aconteceu depois de pararem as viaturas na Estrada Nacional (EN) 3, junto ao aterro gerido pela empresa Triaza onde se encontravam cerca de 10 camiões carregados de resíduos. “Parámos porque um aterro não funciona durante a noite e achámos estranho estar ali aquela quantidade de camiões”, refere a O MIRANTE André Salema, acrescentando que pela reacção dos camionistas “algo de errado deve passar” com os resíduos que se preparavam para descarregar.

Além disso, diz a presidente de junta a O MIRANTE, “tentaram tirar o telemóvel ao vereador José António Matos, quando este tentava fotografar as matrículas” dos camiões. “É um indicador de que não estavam confortáveis com a nossa presença. Se estivessem simplesmente a trabalhar”, dentro da lei, “não teriam aquele comportamento”, diz.

O aterro instalado em Azambuja não tem licença para operar ao fim-de-semana, mas garantem as mesmas fontes que cerca das 08h00 da manhã deste sábado, 22 de Fevereiro, os camiões efectuaram a descarga dos resíduos. André Salema refere ainda que vai contactar o presidente do município, Luís de Sousa e solicitar uma fiscalização de urgência ao aterro para se apurar a origem do lixo que ali foi depositado.

Segundo Inês Louro, a GNR foi chamada ao local e do incidente não resultaram feridos, apenas danos materiais nas viaturas. “Tentámos também contactar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SPNA) da GNR, mas ninguém estava disponível”, afirma.

O aterro de Azambuja, a laborar desde 2017 tem sido, nos últimos meses, alvo de forte contestação por parte dos autarcas e população do concelho, desde que a presença de centenas de aves e um cheiro nauseabundo se faz sentir na zona norte da vila de Azambuja.

Entretanto, o Movimento de Cidadãos Mais Azambuja está a desafiar a população a concentrar-se às portas do aterro, no próximo sábado, 29 de Fevereiro, a fim de impedir a entrada de mais camiões.

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