Sociedade | 28-05-2020 16:08

“Muitas pessoas só sabem o grupo sanguíneo quando recebem o cartão de dador”

“Muitas pessoas só sabem o grupo sanguíneo quando recebem o cartão de dador”

Carlos Domingos, assistente técnico do Instituto do Sangue e da Transplantação, inscreve os dadores na base de dados e garante que muitos novos dadores só ficam a conhecer o seu tipo de sangue quando recebem o cartão pelo correio.

Depois de medida a temperatura, os dadores, ou potenciais dadores, são encaminhados para a secretária de Carlos Domingos. É ao assistente técnico do Instituto do Sangue e da Transplantação de Lisboa, residente em Achete, Santarém, que cabe fazer a inscrição de dadores na base de dados. Munido de um computador com leitor de cartões verifica os dados dos dadores regulares e introduz a informação de novos dadores a partir da qual cada dador receberá, posteriormente, o cartão de dador com o respectivo grupo sanguíneo. “Muitas pessoas nem sequer sabem o seu grupo sanguíneo e só o ficam a conhecer quando recebem o cartão no correio”, conta.

Carlos, de 53 anos, trabalha no Instituto do Sangue e da Transplantação (IPST) há duas décadas. Tempo suficiente para poder dizer que as pessoas são bastante solidárias e não faltam à chamada quando existem campanhas de recolha de sangue como a que esta quinta-feira, 28 de Maio, decorreu nas instalações de O MIRANTE, numa organização conjunta do Grupo de Dadores de Sangue de Pernes e do IPST.

Gosta da sua profissão e de saber que contribui para a causa nobre que é a dádiva voluntária de sangue. O pior, refere, são os horários de trabalho. “Há horário de entrada, mas não há uma hora para a saída”, diz a O MIRANTE reforçando que muitas das acções de recolha são agendadas para o fim-de-semana, quando as pessoas têm maior disponibilidade.

Desde que foi declarada a pandemia de Covid-19 têm havido menos colheitas, não por falta de pessoas com vontade de contribuir, mas porque há novas regras a cumprir e nem todos os espaços estão adaptados, afirma o assistente técnico. Algumas dessas regras são, por exemplo, a existência de uma sala de isolamento ou o distanciamento entre cadeirões de colheita.

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