Farmacêuticos recusam vender drogas
O tráfico de droga é um dos flagelos da sociedade moderna. O Estado gasta milhões com a recuperação dos toxicodependentes mas não tem uma política que facilite o comércio.
Se a utilização de drogas leves for para uso terapêutico devem ser vendidas nas farmácias mas se forem para uso recreativo devem ser vendidas em lojas próprias. A opinião é de três farmacêuticas com quem O MIRANTE falou a propósito do Dia Internacional da Luta Contra o Uso e Tráfico Ilícito de Drogas que se assinalou a 26 de Junho. A directora técnica da Farmácia Central, em Almeirim, Helena Martinho Cláudio, afirma que este é um assunto muito delicado que precisa de um grande e sério debate para se tomar uma decisão.
Ilda Leitão, directora técnica da Farmácia São João, em São João da Ribeira, concelho de Rio Maior, acredita que o tráfico pode diminuir com a liberalização das drogas leves mas vai sempre continuar com o tráfico de drogas mais duras. “Já existem culturas de drogas utilizadas para fins terapêuticos e esses produtos são vendidos nas farmácias. Agora drogas para usos recreativos devem ser vendidas em lojas próprias como acontece na Holanda, por exemplo”, afirma Ilda Leitão.