Sociedade | 07-07-2020 15:00

Covid-19 no quartel dos bombeiros de Samora Correia divide PS de Benavente

Comunicado do comandante dos Bombeiros de Samora Correia acentua divisões internas na concelhia do Partido Socialista de Benavente.

Um comunicado do comandante Miguel Cardia, onde agradece os contactos telefónicos e mensagens de solidariedade para com a corporação, excluindo directamente, entre outros, os vereadores socialistas na Câmara de Benavente, Pedro Pereira e Florbela Parracho, o ministro da Administração Interna e o primeiro-ministro, acabou por provocar uma cisão interna na concelhia de Benavente do Partido Socialista. Enquanto António Rabaça, presidente da concelhia do PS, manifestou a sua solidariedade para com os operacionais, o vereador socialista na Câmara de Benavente, Pedro Pereira, criticou os “desabafos e comunicados” com “posições políticas e pessoais, que contribuem para incendiar o ambiente”.Miguel Cardia esclareceu que a situação não respeita as opiniões politico-partidárias mas a factos. E lembrando que Pedro Pereira integra os órgãos sociais da associação humanitária, vincou que “escreveu o comunicado na defesa do respeito que considera que estes deveriam ter dos titulares de cargos públicos”.

Bombeiros de Samora regressam ao serviço

Os 42 operacionais dos bombeiros de Samora Correia que estiveram em quarentena já estão ao serviço.

A normalidade começa a ser restabelecida no quartel dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia, com a entrada ao serviço de 42 operacionais, depois de cumprido o período de 14 dias de quarentena e terem resultados negativos ao segundo teste à Covid-19. Na sexta-feira, 26 de Junho, foi diagnosticado um novo infectado que se juntou ao grupo de onze elementos da corporação, entre eles o comandante Miguel Cardia, que deram positivo ao vírus.


A operacionalidade do quartel volta assim a ser assegurada pelos homens e mulheres de Samora Correia, que durante a quarentena contaram com o apoio de corporações vizinhas no socorro às populações. Em declarações a O MIRANTE Miguel Cardia afirma que para os que estão na linha da frente era um “cenário previsível” haver casos de contágio, lembrando que o quartel estava preparado para a pandemia, com um plano de contingência apertado quanto à higienização e equipamentos de protecção individual.


O grupo de infectados, recorde-se, optou por ficar unido a cumprir o confinamento em zonas de concentração de apoio à população criadas pelo município de Benavente. Não houve praticamente sintomas da doença, apenas a ânsia de que passe. “Queremos voltar ao activo logo que possível”, diz o comandante.


Vale-lhes, destaca Miguel Cardia, o “espírito de grupo” para se apoiarem nos momentos mais duros do confinamento que pode estar a um passo de acabar. À data de fecho desta edição, os bombeiros infectados aguardavam resultados aos segundos testes, realizados a 30 de Junho.


O surto, recorde-se, começou a 15 de Junho após resultado positivo a um operacional residente na Póvoa de Santa Iria, onde se suspeita que possa ter sido contagiado. De acordo com o comandante Miguel Cardia, apenas um familiar de um bombeiro foi infectado e cerca de uma centena permanecem em vigilância activa.

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