21 anos de prisão pelo homicídio de prostituta em Santarém

Tribunal considerou que técnico de informática, Yuren Teixeira, de 28 anos, que cortou o pescoço de Maria Lúcia Oliveira, agiu de forma perversa.
O técnico de informática que matou pelas costas com um golpe no pescoço uma prostituta no centro histórico de Santarém foi condenado a 21 anos de prisão. O colectivo de juízes, que proferiu a decisão esta quarta-feira, 15 de Julho, considerou que Yuren Teixeira, de 28 anos, agiu de forma perversa e sublinhou que não tem dúvidas de que foi o jovem que matou Maria Lúcia Oliveira, de 48 anos.
O tribunal realçou que o arguido, que se encontra em prisão preventiva, agiu de forma perversa e insidiosa, atacando a vítima pelas costas sem que esta tivesse qualquer hipótese de defesa. O Tribunal de Santarém deu como provado que Yuren, natural de Angola, residente no centro da cidade, provocou um golpe de 19 centímetros no pescoço da brasileira, deixando-a a sofrer. O que, para os juízes, revela um desprezo pela vida e um comportamento violento.
Os juízes apuraram também que antes do crime, no dia 27 de Janeiro de 2019, o condenado tinha ligado 26 vezes para os telemóveis da vítima. Realça também que no dia da morte Yuren foi a última pessoa a contactar telefonicamente Maria Lúcia e que lhe ligou para manter relações sexuais na casa onde ela atendia clientes, na Travessa das Frigideiras.
O caso trouxe um grande alarme na cidade e foi tema de conversa durante semanas. Maria Lúcia Oliveira tinha dois filhos e estava há cerca de dez anos em Portugal. Tinha trabalhado em várias casas nocturnas da zona, sendo que a última foi o Retiro da Francesinha. Estava casada com um português que, na altura, trabalhava no estrangeiro, mas mesmo casada continuava a atender clientes. O crime de homicídio qualificado, pelo qual foi condenado, prevê penas de prisão entre doze a vinte e cinco anos.