Pelotão de intervenção da GNR troca Vialonga por Loures
Presidente do município diz que a decisão da Guarda apanhou todos de surpresa, mas desde 2013 a GNR ponderava retirar aquela unidade do concelho de Vila Franca de Xira. Decisão não afecta o actual posto.
O pelotão de intervenção da Guarda Nacional Republicana (GNR) que estava sediado em Vialonga foi deslocalizado para São Julião do Tojal, no vizinho concelho de Loures. A confirmação foi dada a O MIRANTE por fonte oficial daquela força. O pelotão de 12 militares integra o destacamento de intervenção do comando territorial de Lisboa.
“Com esta transferência de instalações foi possível garantir uma racionalização de meios humanos, permitindo um aumento do número de militares afectos à actividade operacional, o que se traduz num aumento do número de patrulhas”, explica a GNR. A situação, note-se, não diz respeito ao posto actual da GNR naquela vila, que continua a funcionar sem alterações.
Ainda assim, a decisão deixa alguns moradores apreensivos e contra a medida. O presidente do município de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, também lamenta a decisão tomada pela GNR e quer avaliar a situação com o Ministério da Administração Interna. “Essa é uma informação que nos colhe de surpresa e vamos avaliar o que está em causa e qual o enquadramento que agora temos em termos de segurança para o nosso concelho”, diz.
A história do pelotão de intervenção em Vialonga começou em Novembro de 2007 quando o antigo quartel da GNR foi remodelado para receber uma unidade que até então estava em Loures. Na altura chegaram 26 militares e duas viaturas. As obras no espaço foram na altura realizadas pela junta de freguesia. Ao longo dos anos o número de militares ao serviço naquela unidade foi diminuindo e em 2013 a GNR começou a lamentar o elevado valor das rendas pagas para ocupar aquele local.
Tal como O MIRANTE noticiara, começaram a existir movimentações para retirar o pelotão de Vialonga e voltar atrás na medida, voltando a colocá-lo no concelho de Loures. Na altura o presidente da junta de freguesia, José António Gomes, que ainda está no cargo, lamentava a situação e confessava a sua “enorme preocupação” em ver sair os militares, por entender que seria uma perda para a freguesia e para o sentimento de segurança das pessoas.