Estação de tratamento de água da Asseiceira vai produzir toda a electricidade que consome
EPAL anunciou construção de uma central hidroeléctrica na estação de tratamento de águas da Asseiceira, concelho de Tomar.
A EPAL anunciou esta quinta-feira, 6 de Agosto, a construção de uma central hidroeléctrica na estação de tratamento de águas da Asseiceira, concelho de Tomar, por onde passa toda a água que chega às torneiras da Grande Lisboa, que vai produzir toda a electricidade que consome.
No valor de cinco milhões de euros, a central hoje adjudicada fará da Asseiceira “a primeira ETA do mundo 100% auto-sustentável em energia sem recurso a painéis fotovoltaicos”, declara a empresa em comunicado.
A ETA da Asseiceira recebe água da albufeira de Castelo de Bode e por aquela instalação passam anualmente 160 mil milhões de litros de água que serve para consumo humano.
“A central hidroeléctrica da ETA da Asseiceira produzirá energia eléctrica turbinando a água nas condutas que transportam água para Lisboa, permitindo que a ETA atinja a neutralidade energética, assim como a Estação Elevatória de Castelo de Bode”, refere a empresa.
Além de reduzir as emissões carbónicas ao produzir a própria electricidade que lhe permite funcionar, a instalação ficará também mais bem equipada para resistir a tempestades ou outros fenómenos que afectem a distribuição de energia, uma vez que a ETA e a estação elevatória ficarão ligadas através de uma linha eléctrica dedicada, que passará debaixo do chão.
Até Setembro a EPAL adjudicará cerca de 19 milhões de euros em investimentos de eficiência energética e produção de eletricidade, incluindo uma segunda minicentral hidroeléctrica na Estação Elevatória de Vila Franca de Xira.
Globalmente, a EPAL vai investir 70 milhões de euros para conseguir produzir toda a electricidade que consome até 2025.
O grupo Águas de Portugal, a que a EPAL pertence, anunciou na semana passada que pretende produzir toda a electricidade consumida dentro do grupo, o maior consumidor público de electricidade em Portugal, até 2030.