Sociedade | 29-08-2020 20:00

Estacionamento pago no Hospital de Santarém mesmo para funcionários

Estacionamento pago no Hospital de Santarém mesmo para funcionários
SOCIEDADE

O estacionamento no Hospital Distrital de Santarém passou a ser pago desde 3 de Agosto e nem os agentes funerários que vão buscar corpos à morgue escapam.

Depois de meses em obras, da responsabilidade do SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais), orçadas em um milhão de euros, os espaços de estacionamento dentro do hospital passaram, desde 3 de Agosto, a ser pagos à hora por todos os utilizadores, incluindo os profissionais que ali trabalham. Em finais de Abril o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses tinha já manifestado indignação, tanto por as obras decorrerem durante o período de pandemia, como por os profissionais desta unidade de saúde não serem isentados de pagamento.

Mais recentemente foram os agentes funerários a manifestar indignação, quando apanhados de surpresa com as novas cancelas do parque de estacionamento na zona da morgue. Alguns agentes funerários contactaram O MIRANTE para denunciar o caso e dizem não ter conhecimento desta situação em qualquer outro hospital. Consideram-na injusta, uma vez que a recolha de um corpo na morgue pode ser demorada, dependendo de muitos factores, nomeadamente do número de agentes funerários em espera. Uma funerária pagou por uma hora de estacionamento 1,30 euros.

Confrontada com estas questões, Ana Infante, presidente do Conselho de Administração do HDS refere que foi feita a divulgação aos funcionários e aos prestadores de serviço e existe um regulamento próprio e tarifário, expostos para consulta. Ana Infante acrescenta que o estacionamento é explorado pela empresa pública sem fins lucrativos SUCH, “à semelhança de muitos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, através de protocolo que cumpre os procedimentos do código da contratação pública”.

A presidente do conselho de administração adianta também que o objectivo foi requalificar o parque de estacionamento, criando locais de estacionamento para todos os que acorrem ao hospital. Embora garanta que nenhuma agência funerária fez chegar qualquer reclamação ao conselho de administração, Ana Infante assegura que foi solicitada e agendada para breve uma reunião com a Associação dos Agentes Funerários do Centro para tratar de “assuntos diversos”.

Ana Infante refere ainda que, face ao período de pandemia, todas as medidas de segurança foram tomadas, “estando em estudo o levantamento dos corpos por marcação e dependente do horário de realização do funeral”.

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