Sociedade | 16-09-2020 15:00

Câmara de Abrantes quer despejar família problemática

Vizinhança queixa-se de actos de vandalismo frequentes, alguns com recurso a arma de fogo. Um dos elementos da família, residente numa habitação municipal em Rossio ao Sul do Tejo, encontra-se fugido à justiça e tem pena de prisão para cumprir.

A Câmara de Abrantes aprovou a resolução do contrato de arrendamento de uma habitação municipal na Rua Tapada da Pedra, no bairro do Cabrito, em Rossio ao Sul do Tejo. Um dos elementos da família ali residente, de etnia cigana, tem um mandado de captura pendente para cumprimento de pena na prisão, desconhecendo-se o seu paradeiro. A família foi realojada pelo município numa casa da autarquia em Março de 2018 e foi nessa altura que começaram os problemas com os vizinhos.

Vários moradores denunciaram à câmara municipal casos de danos em automóveis, furtos em habitações e assaltos a casas com recursos a arrombamento. Existem queixas na Guarda Nacional Republicana (GNR) de danos contra o património de um dos moradores provocados com recurso a arma de fogo e arremesso de lixo para o seu quintal.

Em Setembro de 2018 a vereadora com o pelouro da Acção Social, Celeste Simão, reuniu com elementos do agregado familiar e estes foram sensibilizados para o cumprimento das regras de convivência em sociedade. Posteriormente, alguns vizinhos denunciaram à Câmara de Abrantes que continuaram a ser alvo de ameaças por parte de elementos da família. A GNR também informou o município que teve conhecimento de rumores de algum desagrado por parte dos habitantes daquela rua. Além disso, houve denúncias de furtos e danos. Os militares da GNR aumentaram o patrulhamento na zona.

Um documento interno da Câmara de Abrantes, a que O MIRANTE teve acesso, refere que o município teve conhecimento de várias queixas de perturbação da ordem pública, furtos e danos no património dos vizinhos efectuados por elementos da família em causa. Além disso tinham em atraso as rendas de Abril a Outubro de 2018, de Julho a Dezembro de 2019 e de Janeiro a Julho deste ano, num valor total em dívida de 659,10 euros.

Em Julho último, o homem que se encontra a monte deixou de ser visto na casa arrendada pela sua família tendo o município chegado à conclusão que não foi cumprido o Plano de Intervenção Social que lhe garantia liberdade condicionada. Os técnicos da Divisão do Desenvolvimento Social da Câmara de Abrantes deslocaram-se à habitação e encontraram vidros partidos nas janelas e na porta principal. Este acumular de factores levou o município a determinar a resolução do contrato de arrendamento a essa família.

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