Sociedade | 23-09-2020 10:34

Elvira Fortunato premiada pela Comissão Europeia por primeiro ecrã transparente

Elvira Fortunato premiada pela Comissão Europeia por primeiro ecrã transparente

Cientista com raízes no concelho de Alcanena, única portuguesa premiada entre uma lista de 10 finalistas, foi distinguida pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis.

A engenheira de materiais e investigadora Elvira Fortunato, com raízes na Louriceira, concelho de Alcanena, "mãe" do transístor de papel, foi distinguida esta quarta-feira, 23 de Setembro, pela Comissão Europeia com o Prémio Impacto Horizonte 2020, pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis.

O prémio, no valor de 10 mil euros, distingue projectos científicos financiados por fundos europeus e cujos "resultados tiveram impacto na sociedade", disse à Lusa a investigadora, que dirige o Cenimat - Centro de Investigação de Materiais, da Universidade Nova de Lisboa, da qual é vice-reitora.

Elvira Fortunato foi a única portuguesa premiada, entre outros cientistas distinguidos de uma lista de 10 finalistas.

O anúncio dos cinco vencedores da edição deste ano do Prémio Impacto Horizonte, a segunda desde 2019, foi feito em Bruxelas, Bélgica.

O projecto "Invisible" (Invisível), com o qual a investigadora portuguesa foi premiada, consistiu no desenvolvimento do primeiro ecrã transparente a partir de um material semicondutor de baixo custo, não degradável e que produz melhores resultados, o óxido de zinco, que entra na composição de pomadas para bebés ou protectores solares.

A tecnologia, patenteada pela directora do Cenimat e pela "gigante" electrónica Samsung, é aplicável a telemóveis, televisores, computadores ou 'tablets', permitindo obter imagens de maior resolução.

Segundo Elvira Fortunato, pioneira na electrónica transparente, o projecto representou uma "revolução na área dos materiais semicondutores", com recurso a "tecnologias amigas do ambiente", que não desperdiçam tanta energia.

O projecto "Invisible", desenvolvido durante cinco anos, entre 2009 e 2014, foi financiado em 2,25 milhões de euros pelo Conselho Europeu de Investigação, agência da Comissão Europeia que apoia a investigação científica, nomeadamente através de bolsas.

O Prémio Impacto Horizonte destina-se a cientistas que lideraram projectos financiados pelo 7º Programa-Quadro (2007-2014) e pelo Programa Horizonte 2020 (2014-2020).

As candidaturas finalistas foram avaliadas por um júri independente.

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