Câmara de Azambuja fecha portas à expansão do contestado aterro
Triaza deixou passar os prazos para apresentar projecto de expansão do aterro, que tem sido alvo de forte contestação, e o município declarou a sua caducidade.
A Triaza, empresa que gere o polémico aterro de resíduos industriais não perigosos de Azambuja, apresentou um projecto de ampliação dessa infraestrutura fora dos prazos previstos, tendo a Câmara de Azambuja declarado a sua caducidade. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião do executivo municipal.
A empresa fica assim impedida de expandir a área de exploração do aterro que previa a abertura de duas novas células para deposição de resíduos. Desde 2017 que os resíduos têm estado a ser colocados numa só célula, que está perto de atingir a sua capacidade máxima.
O presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS), considerou que esta decisão foi um sinal político e um passo “fundamental para levar a bom porto” o encerramento do aterro à entrada da vila que tem sido muito contestado pela população.
Embora a declaração de caducidade não precisasse de ser votada pelo executivo camarário, o vereador do PSD, Rui Corça, entendeu-a como “uma manifestação de vontade política e um sinal daquilo que são as intenções do município face à problemática do aterro”.
Por outro lado, o vereador da CDU, David Mendes, embora tenha votado favoravelmente, entendeu tratar-se de uma proposta que visa o aproveitamento político da oposição PSD e maioria socialista que lidera a Câmara de Azambuja. “Se o prazo não tivesse acabado e não tivesse por base um parecer técnico do regime jurídico da urbanização e edificação, aí sim, haveria lugar a uma posição política e teria de vir a câmara”, afirmou o vereador, frisando que a “proposta sé tem sentido pelo aproveitamento político que está a ser realizado pelo PSD e pelo PS”.