Sociedade | 29-11-2020 18:00

Liga dos Amigos e Hospital de Santarém não se entendem por causa de uma cafetaria

Espaço no piso zero do hospital está fechado desde Março e não deve voltar a ser gerido pela Liga dos Amigos do Hospital de Santarém. Em causa está o valor da renda.

A Liga dos Amigos do Hospital de Santarém (LAHS) tentou reactivar, sem sucesso, a cafetaria que geria no piso 0 do Hospital Distrital de Santarém, encerrada em Março último. Francisco Eustáquio, director técnico da LAHS, afirmou a O MIRANTE que o diferendo com a administração do hospital dura há cerca de dois anos.

Em causa está a exploração deste espaço de pouco mais de seis metros quadrados pelo qual a Liga paga uma renda mensal de 68 euros e que, no entender da administração, deveria pagar um valor na ordem dos 10 a 15% da facturação. Francisco Eustáquio reitera que a Liga não quer ser um peso para o hospital e que a mensalidade acordada inicialmente era um valor simbólico que permitia cobrir as despesas de água e electricidade. E discorda da proposta da administração pois o montante da facturação não é todo lucro.

Em Agosto, quando a Liga tentou reabrir o espaço, a proposta foi recusada pela administração que enviou uma carta a informar que tinham que sair. “Decidimos sair”, conta o director técnico, acrescentando com ironia: “Podíamos ir para tribunal, mas somos a Liga dos Amigos e não dos inimigos do hospital”.

A funcionar maioritariamente com a boa vontade de voluntários de idade avançada, os serviços da Liga ficaram comprometidos com o início da pandemia de Covid-19. Desde então, Francisco Eustáquio tem tentado angariar junto de empresas alguns dos produtos que necessitam, como água e café, para dar algum apoio, sobretudo aos doentes de oncologia.

A Liga dos Amigos do Hospital de Santarém foi fundada em 1988. Conta com cerca de 400 associados que pagam uma quota simbólica de um euro por mês. Na impossibilidade de continuarem a gerir a cafetaria dentro do hospital, Francisco Eustáquio, revela que estão à procura de outro espaço na cidade onde possam continuar a actividade e assim angariar dinheiro para poderem prosseguir com a assistência a que já habituaram utentes e familiares no HDS.

O MIRANTE contactou o conselho de administração do HDS sobre o assunto, não tendo obtido resposta até à data de fecho desta edição.

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