A Câmara de Azambuja continua apreensiva quanto à instalação de uma mega central fotovoltaica, na Quinta da Torre Bela e vai aguardar que a Agência Portuguesa do Ambiente se pronuncie sobre o Estudo de Impacte Ambiental (EIA). Na última reunião do executivo municipal, a declaração de interesse público foi revogada por unanimidade.

Em declarações a O MIRANTE, o presidente do município, Luís de Sousa (PS), disse que, após várias reuniões com a empresa promotora, continuam a surgir dúvidas ao executivo, preferindo por isso “aguardar o Estudo de Impacte Ambiental para depois se pronunciar”. “O estudo vai depois ser anexado à proposta que for à reunião de câmara”, sublinhou o autarca.

Depois de muitas críticas, dúvidas e uma declaração de interesse público, aprovadas exclusivamente pelo PS, Luís de Sousa já tinha optado por retirar da agenda da assembleia municipal a proposta para a aprovação do interesse público por esse órgão autárquico. Uma decisão essencial para o prosseguimento do processo.

O projecto da central fotovoltaica, com mais de 650 mil painéis solares, pretende instalar-se na Quinta da Torre Bela, junto à Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, numa área de 775 hectares. O investimento previsto é de 170 milhões de euros. O impacte ambiental desse projecto, devido à redução drástica de habitat para a fauna existente tem gerado alguma contestação por parte de habitantes do concelho.

Estudo de impacto ambiental em consulta pública

O Estudo de Impacte Ambiental para a instalação de uma central fotovoltaica na Quinta da Torre Bela está em consulta pública até 20 de Janeiro. Todos os cidadãos que quiserem participar podem fazê-lo através do Portal Participa.