A água da Ribeira do Valverde, em Azambuja voltou a correr com uma coloração escura e os maus odores regressaram. A situação foi verificada pela população nas últimas semanas de Dezembro e levada a reunião do executivo da Câmara de Azambuja pelo vereador Rui Corça.

Segundo o autarca em mais do que um dia foram verificadas “grandes descargas de poluentes”, fazendo aumentar consideravelmente o nível da água e trazendo os maus cheiros para dentro da vila. “Uma situação que continua a arrastar-se sem solução”, afirmou.

Há anos que é falada a necessidade de eliminar os focos poluidores da ribeira do Valverde e permitir à população ter um ambiente saudável e limpo. E é nesse sentido, explicou o presidente do município, Luís de Sousa (PS), que está prevista para os primeiros meses do ano uma empreitada de reparação na zona da ribeira, junto ao Aldi, onde habitualmente se forma uma “bacia de retenção de tudo o que ali vai parar”.

O município também já conseguiu identificar e corrigir várias linhas de saneamento mal encaminhadas que desaguavam na ribeira, trabalho que continua a ser feito. Admite-se, no entanto, que à semelhança do que já aconteceu no passado, explorações pecuárias possam continuar a fazer descargas indevidas para a ribeira.

Sobre as últimas descargas, Silvino Lúcio, vice-presidente do município com o pelouro do ambiente, disse não ter tido conhecimento e apelou aos munícipes que denunciem à câmara este tipo de situações para que se possa passar, atempadamente, a informação ao Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR, e os infractores possam ser identificados e punidos.