Sociedade | 27-01-2021 10:00

Autarcas de Santarém repudiam agressões em Abrantes e chacina na Torre Bela

Autarcas de Santarém repudiam agressões em Abrantes e chacina na Torre Bela
SOCIEDADE

Votos de repúdio, aprovados por esmagadora maioria, por acontecimentos ocorridos em meados de Dezembro e que fizeram correr muita tinta.

A Assembleia Municipal de Santarém aprovou na última sessão, realizada a 18 de Janeiro, dois votos de repúdio pelas alegadas agressões a autarcas numa reunião de câmara em Abrantes e pela montaria na Herdade da Torre Bela, em Azambuja, onde foram mortos 540 animais, entre gamos, veados e javalis.

As propostas foram apresentadas pela bancada do PS e mereceram aprovação de larga maioria dos eleitos: a referente à chacina da Torre Bela, ocorrida a 17 de Dezembro, contou com 32 votos a favor, 4 abstenções e um voto contra; a posição de repúdio aos acontecimentos ocorridos na reunião da Câmara de Abrantes teve 33 votos favoráveis e cinco abstenções.

O texto sobre Abrantes manifesta o seu “profundo repúdio pelos acontecimentos ocorridos durante a reunião de câmara” de 22 de Dezembro e “solidariedade” para com o presidente Manuel Valamatos, executivo camarário e funcionários do município. “Agressões e ameaças não são próprias de um Estado de Direito nem de uma democracia madura e segura como a portuguesa. O exercício de cargos políticos, cumprido de forma abnegada e focado no bem comum, deve ser valorizado e protegido tanto pelos cidadãos como pelas instituições democráticas”, lê-se.

As outras bancadas também lamentaram e repudiaram o sucedido, embora a eleita Patrícia Fonseca (CDS) tenha manifestado “solidariedade” para com o alegado agressor, um antigo empresário de construção civil que responsabiliza a Câmara de Abrantes pela ruína das suas empresas.

“Este caso demonstra até onde pode ir o desespero de uma pessoa que se sente injustiçada e que vê a sua vida destroçada pela morosidade da justiça e sem que a sua situação seja resolvida”, disse a eleita do CDS, sublinhando no entanto que “todos os actos de violência são condenáveis”. Uma intervenção que foi subscrita por Cristina Campos, do PSD.

Em relação à caçada na Herdade da Torre Bela, promovida por uma empresa espanhola e exibida nas redes sociais, o texto de repúdio considera que esses actos “não podem de forma alguma ser enquadráveis na actividade cinegética à luz da lei portuguesa” e “mais não são que actos criminosos, que nenhum outro tipo de investimento pode servir para justificar”. O voto de repúdio apela a que as autoridades reguladoras e de supervisão nessa área apurem as responsabilidades civis e criminais por tais actos.

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