Cozinheira da cadeia de Alcoentre preparou refeição em balde da esfregona
Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais afastou cozinheira, após denúncia dos reclusos.
Mais de uma centena de reclusos do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, no concelho de Azambuja, fizeram chegar um abaixo-assinado ao Director-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rómulo Mateus, contra uma situação que consideram vergonhosa. Segundo os presidiários, uma cozinheira daquele estabelecimento preparou uma refeição para lhes servir, num balde habitualmente utilizado para fazer a limpeza do chão.
“Um dos reclusos revoltou-se com a situação e questionou a funcionária, tendo recebido como resposta que tinha desinfetado o balde com lixívia”, conta em comunicado a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR), acrescentando que uma vez que “não houve uma decisão no sentido de substituir a refeição os reclusos recusaram-se a comer, prosseguindo o protesto para o dia seguinte”.
De acordo com a APAR, o director-geral “deu ordens imediatas” para que aquela cozinheira, funcionária da empresa encarregue das refeições, não voltasse ao estabelecimento prisional.
"Perante esta atitude, a APAR pede agora, quando a razão lhes foi reconhecida, e perante a atitude firme e rápida da tutela que terminem o protesto evitando, assim, um qualquer conflito", refere a associação.