Sociedade | 10-04-2021 18:00

Recolha de lixo no Médio Tejo divide autarcas

Recolha de lixo no Médio Tejo divide autarcas
POLÍTICA

Empresa intermunicipal de gestão e tratamento de resíduos no Ecoparque do Relvão ameaçou suspender o serviço em alguns concelhos se os municípios continuarem a atrasar-se com os pagamentos.

Empresa intermunicipal de gestão e tratamento de resíduos no Ecoparque do Relvão ameaçou suspender o serviço em alguns concelhos se os municípios continuarem a atrasar-se com os pagamentos. Autarca de Tomar lamenta falta de comunicação e aponta o dedo ao sistema de facturação da empresa.

O conselho de administração da RSTJ, empresa intermunicipal de gestão de resíduos que sucedeu à Resitejo, ameaçou suspender a recolha de resíduos em alguns municípios do Médio Tejo, caso estes continuem a não cumprir com os pagamentos mensais pelo serviço de recolha de lixo para deposição em aterro no Eco Parque do Relvão, Chamusca. A informação foi dada por Paulo Queimado, presidente do município da Chamusca e do conselho de administração da RSTJ, em reunião de câmara.

O autarca afirmou que a empresa vive uma situação “complicada”, referindo que ainda há dinheiro para pagar os salários dos funcionários, mas que não vão continuar a gastar dinheiro em combustível e na manutenção dos veículos que fazem a recolha nos municípios em causa, nomeadamente, Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha.

Anabela Freitas (PS), presidente da Câmara de Tomar, foi confrontada pela oposição, na sessão camarária de 29 de Março, sobre as declarações do autarca da Chamusca. Num tom assertivo, lamentou que o assunto tenha sido tornado público sem ter existido uma conversa prévia para se tentar resolver o problema. Sobre a dívida, Anabela Freitas disse que o município de Tomar devia cerca de nove mil euros à RSTJ. “É obvio que vamos pagar, mas as ameaças podiam ser evitadas. A atitude fica com quem a pratica”, sublinhou.

A autarca apontou ainda algumas deficiências na forma como a RSTJ factura os serviços prestados. “Aconselho a empresa a facturar pela pesagem dos resíduos e não por estimativa. A RSTJ precisa de melhorar os seus procedimentos, nomeadamente com a própria ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos)”, afirmou.

A RSTJ – Gestão e Tratamento de Resíduos tem como accionistas os municípios de Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, território onde actua.

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