Retrato dos monumentos da região
O MIRANTE fez uma radiografia a alguns dos monumentos mais importantes da região, nomeadamente nos concelhos de Santarém, Tomar, Torres Novas e Azambuja.
As obras de requalificação em curso na Igreja de São João do Alporão e na Igreja de Santa Iria ilustram a preocupação da Câmara de Santarém em preservar o património monumental da cidade e do concelho, diz o presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), que aponta ainda nesse campo a empreitada de reabilitação do largo do Convento de Almoster, em fase de conclusão. O concelho de Santarém conta com 14 monumentos nacionais classificados.
O concelho de Tomar tem 11 monumentos nacionais que são uma referência em termos de promoção e valorização do património cultural. O Aqueduto dos Pegões, uma construção de 1614, é o único que tem caído no esquecimento e está entregue ao abandono. Têm sido recorrentes os actos de vandalismo no local, mas o município descarta qualquer responsabilidade na gestão do património.
Postas a descoberto pelas escavações a cargo do coronel Afonso do Paço, em 1962, as ruínas romanas de Vila Cardílio, a três quilómetros de Torres Novas, são o sítio de destaque da ocupação romana na região. Embora classificado como monumento nacional, a grandiosidade do título nunca se reflectiu no monumento, ainda assim o segundo mais visitado do concelho, a seguir ao castelo.
O Palácio das Obras Novas e o Palácio de Manique do Intendente, no concelho da Azambuja, são hoje monumentos perdidos no tempo, inscritos numa lista de um programa do Estado, à espera que algum investidor privado repare no seu potencial turístico. Só dessa forma o passado destes dois edifícios classificados pode voltar a ganhar vida. A beleza e mística das imponentes fachadas dos palácios contrastam com os interiores despidos e vandalizados.
*Saiba mais informação na reportagem desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 22 de Abril