ARS espera resolver em breve falta de médicos em Azambuja

A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo conta resolver em breve o problema de falta de médicos no concelho de Azambuja.
A Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo conta resolver em breve o problema de falta de médicos no concelho de Azambuja. Os presidentes das freguesias de Aveiras de Cima, Aveiras de Baixo, Alcoentre, Vale do Paraíso e Vila Nova da Rainha tomaram uma posição conjunta a reclamar o reforço de médicos de família nas suas localidades, mas a ARS, em declarações a O MIRANTE, garante que em breve vai ser lançado concurso para a contratação de especialistas em Medicina Geral e Familiar, sublinhando que até lá têm sido colocados médicos contratados em regime de prestação de serviços para darem resposta à população.
Os autarcas lembram que, devido à falta de profissionais, tiveram de ser desactivados os centros de saúde de Aveiras de Baixo, Vale do Paraíso e Vila Nova da Rainha, cujos utentes têm de recorrer às extensões de saúde das freguesias vizinhas. No caso de Aveiras de Baixo e Vale do Paraíso, os utentes foram encaminhados para o Centro de Saúde de Aveiras de Cima, onde actualmente há apenas um médico para cerca de seis mil inscritos. Os utentes de Vila Nova da Rainha foram deslocados para o Centro de Saúde de Azambuja, onde existem 100 pessoas desta freguesia à espera que lhes seja atribuído um médico de família.
A situação que mais preocupa os autarcas é a de Alcoentre, onde há 2500 utentes e nenhum tem médico de família. Para conseguir uma consulta os utentes têm de recorrer às consultas de recurso com um médico “que vai ao Centro de Saúde uma ou duas vezes por semana”, conforme explicou o presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS).
O autarca, que diz estar em contacto com o Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo e com a ARS, refere que já solicitou pelo menos mais um médico para atender os utentes de Vila Nova da Rainha, Aveiras de Baixo e Vale do Paraíso sublinhando que faltam cinco médicos de família no concelho.
Médicos não se querem fixar em Azambuja
O problema da falta de médicos no concelho, explica Luís de Sousa, está na possibilidade de estes profissionais conseguirem pedir transferência para outra localidade ao fim de seis meses e sem qualquer penalização. Alguns dos médicos colocados no concelho são do norte do país e assim que podem tentam ir para mais perto de casa. O presidente da câmara defende que o Governo deveria dar mais incentivos aos profissionais para que estes se fixem nas localidades. A autarquia já oferece casa gratuita e carro para quem quiser exercer no concelho.