Sociedade | 25-05-2021 10:00

Cidade do Cartaxo é uma piscina quando chove

Cidade do Cartaxo é uma piscina quando chove
SOCIEDADE
Moradores de prédio à entrada do Cartaxo não ganharam para o susto quando viram as suas garagens inundadas com a água das chuvas

Deficiente drenagem da rede de águas pluviais tem causado danos em prédios na Rua Serpa Pinto nas proximidades dos bombeiros municipais. Presidente da câmara diz que estão a trabalhar para resolver o problema.

Os moradores dos prédios na Rua Serpa Pinto, em frente ao quartel dos Bombeiros Municipais do Cartaxo, não ganharam para o susto quando, no dia 25 de Abril, as fortes chuvadas destruíram o portão da garagem do prédio, partiram uma parede e inundaram os elevadores. A situação foi tão complicada que os moradores só tiveram tempo de correr para retirarem os carros da garagem. A água chegou a cerca de um metro de altura, como ainda é possível verificar nos pilares da garagem, onde existe sujidade a evidenciar o que aconteceu. As chuvadas rebentaram o piso colocado recentemente na Rua de São Sebastião, inundaram estrada e passeios.

Alguns moradores atribuem culpas ao município do Cartaxo e ao empreiteiro da obra, realizada no ano passado, na requalificação da Rua de São Sebastião, artéria que entronca com a Rua Serpa Pinto. “Esta obra só pode ter erros inadmissíveis porque quando chove a água não faz o seu circuito normal. Deveria desaguar na ribeira que temos do outro lado da estrada, e que está coberta de vegetação, mas o que acontece é que a água chega a este entroncamento levanta a tampa de esgoto e começa a sair”, critica Miguel Ribeiro, morador do prédio mais afectado pelas chuvadas de 25 de Abril.

A situação voltou a repetir-se nos dias 9 e 10 de Maio. Quando chove sempre mais os moradores ficam com o coração nas mãos. Actualmente os carros estão estacionados na rua porque a garagem não tem condições. “Nem na rua os nossos carros estão seguros porque quando chove a água começa a subir e parece uma piscina”, conta Jordan Alcaraz. O jovem recorda que em Fevereiro deste ano também houve uma inundação no prédio mas não tão forte como a de 25 de Abril. “Na altura chamamos a Protecção Civil mas nunca fizeram nada. Agora tivemos estas situações que foram muito piores”, conta a O MIRANTE.

Rodrigo Henriques é um dos moradores que tem a chave dos elevadores, que estão sem funcionar, e mostra a O MIRANTE a água que ainda se encontra na caixa dos mesmos. “Uma vizinha que mora no terceiro andar tem 60 por cento de incapacidade física e tem que subir e descer as escadas porque os elevadores continuam avariados”, lamenta.

A situação foi abordada na última sessão da Assembleia Municipal do Cartaxo. O presidente do município, Pedro Magalhães Ribeiro, disse que o problema não está solucionado porque havia uma intervenção prevista no âmbito da requalificação da Rua Serpa Pinto que não avançou por não terem surgido empresas interessadas em realizar a obra.

Pedro Ribeiro garantiu que o município não vai esperar pela requalificação da Rua Serpa Pinto e que ia avançar com a obra de ligação da caixa colectora que se encontra naquele local, que recebe as águas pluviais das ruas de S. Sebastião, da República, Mouzinho de Albuquerque e que drena para a ribeira. O autarca acrescentou que estão em fase de consulta às empresas para avançarem com a obra.

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