Governo não liga à VASP nem à distribuição de jornais e revistas
Governo tem feita orelhas moucas aos pedidos da administração da VASP para apoiar a venda de publicações no interior do país uma vez que a queda das vendas em tempo de pandemia tem originado prejuízos insuportáveis.
A VASP é a única distribuidora de publicações em Portugal. Com a pandemia e a queda abrupta das receitas, a distribuidora está a passar por dificuldades, nomeadamente nos serviços de longo curso, ou seja, na distribuição das publicações no interior do país. A administração da VASP já pediu ajuda ao Governo mas até agora nenhum ministério quis assumir o diálogo.
A última reunião foi em Janeiro deste ano, com um secretário de Estado, que prometeu notícias em 30 dias. Hoje, 10 de Junho, fonte da VASP confirmou a O MIRANTE que a resposta ainda não chegou nem houve mais respostas aos vários apelos dos responsáveis da empresa..
A VASP diz que não quer favores do Governo, mas sim ajuda numa fase em que os serviços de distribuição no interior do pais dão mais prejuízo do que nunca. “Dantes a distribuição nos grandes centros compensava o prejuízo da interioridade; Com a pandemia tudo se alterou, e temos vindo a somar prejuízos incomportáveis. Sem distribuição não haverá jornais nas bancas, e sem venda de jornais não haverá jornalismo de proximidade”, diz o nosso interlocutor, que informou ainda que a VASP mantém abertos os polos de distribuição no interior do país, mas será por pouco tempo se o Governo continuar a fazer orelhas moucas a um apoio à distribuição de jornais e revistas.
“Pagamos a interioridade nas ilhas dos Açores e da Madeira, que querem autonomia, e não temos interlocutores no Governo para os problemas da interioridade nos lugares mais desertificados de Castelo Branco e Bragança, só para citar dois casos”, acusa a VASP que se diz desiludida com o executivo de António Costa e com a falta de respeito pelos empresários do sector que fazem um serviço único sem o qual não haveria jornais nas cidades nem nas aldeias.