Aldeias e vilas do interior perdem cada vez mais serviços essenciais
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As localidades mais rurais estão a perder cada vez mais serviços fundamentais para a sua população.
As localidades mais rurais estão a perder cada vez mais serviços fundamentais para a sua população. Os últimos casos aconteceram em Rossio ao Sul do Tejo, em Abrantes, que vai ficar sem a sua última agência bancária. No Couço, que fica a 25 quilómetros de distância da sede de concelho, Coruche, a única caixa multibanco da vila está sem funcionar há cerca de duas semanas porque é necessária uma vistoria ao equipamento que mudou de local e que ainda não foi feita.
As populações são mais idosas nas localidades do interior e tirarem-lhes os serviços necessários é um desrespeito e contraria tudo o que se tem falado nos últimos tempos de levar pessoas para viverem em zonas do país com menos densidade demográfica. Não podem querer que os portugueses se sintam atraídos para deixar os grandes centros urbanos, onde têm tudo, para as vilas e aldeias do interior, que vão perdendo os seus serviços fundamentais como bancos e correios, para destacar apenas alguns. Se não se mudar a forma de pensar, o país não muda nem evolui porque Lisboa e Porto vão continuar a ser o caos com filas de trânsito enquanto o Portugal profundo vai definhando e ficando deserto de pessoas.
Laura Antunes