Sociedade | 23-06-2021 15:00

Canil de Tomar é um exemplo de amor aos animais

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Canil de Tomar é um exemplo de amor aos animais

O Canil Municipal de Tomar é um exemplo na promoção do bem-estar animal. Cerca de duas centenas de cães e gatos habitam no espaço que está à responsabilidade de Susana Dias, veterinária municipal, e de Teresa Vigário, presidente da Associação Protectora dos Animais de Tomar. A O MIRANTE as responsáveis lamentam que cada vez existam mais animais abandonados e lançam um apelo às pessoas para que visitem o canil e escolham levar um novo amigo para casa.

O Vasco e o Zeca sentam-se, de língua de fora, à porta do Canil Municipal de Tomar para serem os primeiros a receber os visitantes. São cães rafeiros que têm em comum o facto de terem sido abandonados, com sinais de maus-tratos, nas ruas da cidade. Actualmente são as mascotes e o melhor exemplo de reabilitação e de promoção de bem-estar que os funcionários proporcionam às cerca de duas centenas de animais, cães e gatos, que fazem parte da família do Canil de Tomar.

A principal responsável pelo trabalho digno de registo chama-se Susana Dias, veterinária municipal. A paixão pelos animais começou em criança e cresceu com a família numa casa que podia muito bem ser considerada um pequeno jardim zoológico. “Tínhamos cães, gatos, tartarugas, aves, hamsters, entre outros bichos. Ainda hoje, com a família que construí, continuo a ter muitos animais em casa”, conta com um sorriso no rosto.
Nos últimos dois anos a veterinária deu uma volta de 180 graus à maneira como estava a ser gerido o canil. Os seus braços direitos são Teresa Vigário, presidente da Associação Protectora dos Animais de Tomar (APAT), entidade responsável pela recolha e hospitalidade dos animais errantes do concelho, e Catarina, assistente que a acompanha no tratamento e na recolha.

O Canil de Tomar existe há cerca de 25 anos e as suas instalações situavam-se na zona do Flecheiro, à entrada da cidade. Em 2016, devido ao avançado estado de degradação do espaço, a APAT estabeleceu um protocolo com o município e passou a trabalhar nas actuais instalações, situadas na zona industrial. “Nem para os animais as condições eram próprias. Andávamos a lutar há vários anos, mas nunca se mostraram sensíveis ao problema”, refere Teresa Vigário.

Há cerca de cinco anos o município decidiu transportar os animais para o edifício na zona industrial e começou a investir na requalificação das instalações com a construção, por exemplo, de mais salas, boxes para animais e um gabinete médico-veterinário onde se realiza todo o tipo de cirurgias. “O facto da quase totalidade do trabalho ser realizada aqui permite um maior controlo sobre as coisas, mais entrega e profissionalismo dos nossos funcionários. Contudo, continua a faltar-nos espaço”, salienta Susana Dias.

Abandonar um animal é um acto de cobardia

As estatísticas revelam que há cada vez mais animais abandonados no concelho de Tomar. Hugo Cristóvão, vice-presidente da câmara, que acompanhou a visita de O MIRANTE ao canil, afirma mesmo que se houvesse outro espaço igual ao lado do actual, estaria igualmente cheio.

“Infelizmente ainda há muitas pessoas que não sabem que os animais fazem parte da herança da família. Toda a gente quer ter um animal de estimação, mas ninguém quer ter trabalho com ele”, lamenta o autarca. Susana Dias concorda e acrescenta que abandonar um animal é um acto de “cobardia e de falta de humanidade”.
Enquanto se caminha pelo jardim do canil, onde estão situadas as boxes com os cães, repara-se que os animais se apresentam bem nutridos e com um aspecto completamente diferente do dia em que foram recolhidos. O processo de recolha, explica a veterinária, assenta em três métodos: “O ideal seria que o animal viesse ter connosco voluntariamente. Caso não venha, utilizamos uma armadilha, em que o capturamos com recurso a comida ou, em último caso, usamos dardos tranquilizantes”.

Susana Dias diz que se contam pelos dedos de uma mão o número de acidentes que teve provocados pela fúria dos animais, contudo, não pode dizer o mesmo no que diz respeito aos confrontos entre eles. “Infelizmente acontece com alguma frequência aparecerem cães mortos porque brigam durante a noite. Contra isso não há muito a fazer, a não ser ter um espaço próprio para cada um, mas isso é impossível de acontecer”, afirma.

Quem quer adoptar um amigo de quatro patas?

As pessoas que querem adoptar um cão ou gato podem visitar o Canil Municipal de Tomar duas vezes por semana ou acompanhar as redes sociais da APAT onde são partilhadas várias publicações com os animais que se encontram disponíveis para a adopção. Os responsáveis que acompanharam a visita de O MIRANTE deixam o apelo para que não falte civismo às pessoas, no sentido de que não abandonem os seus animais, e que visitem o canil para encontrarem “o novo amigo lá de casa”.

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