Sociedade | 24-06-2021 15:00

Guarda de passagem de nível não é uma profissão é um modo de vida

Guarda de passagem de nível não é uma profissão é um modo de vida
Ana Paula Fernandes é guarda de passagem de nível de comboios em Assacaias, concelho de Santarém

Ana Paula Fernandes foi criada junto à linha e aí criou os seus filhos também. É guarda de passagem de nível, tal como a sua mãe era, e garante que esta não é uma profissão mas sim um modo de vida.

A campainha começa a tocar na passagem de nível das Assacaias, no concelho de Santarém, e Ana Paula Fernandes, a guarda, apressa-se a fechar a cancela que impede a passagem de automóveis. Coloca-se junto à linha, tão próximo que assusta quem não está habituado à imponência do comboio, e levanta a bandeirola vermelha, enrolada, sinalizando ao maquinista que está tudo bem.

Ana Paula Fernandes tem 56 anos e desde sempre se lembra de os seus dias serem a ver passar comboios. Tinha 21 anos quando começou a sua actividade de guarda de passagem de nível, mas a experiência de viver ao lado da linha era já antiga uma vez que a sua mãe tinha a mesma profissão.

Ver passar comboios é o que gosta de fazer, faça chuva ou sol, seja noite ou dia. “Não há nenhum turno que custe mais, apesar de ter de estar acordada a noite toda ser sempre um pouco mais complicado. Mas tudo se faz. Nem posso dizer que tenho medo de estar aqui. Já apanhei alguns sustos, mas nada de grave”. Um modo de vida absorvente que deixa marcas até nas horas de descanso: “Entranha-se de tal forma em nós que às vezes estou em casa a dormir e se ouvir o comboio acordo sobressaltada a pensar que o deixei passar sem fechar a cancela”.

*Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira, 24 de Junho

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