Sociedade | 16-07-2021 12:00

Fim do celibato não vai cativar mais padres

Fim do celibato não vai cativar mais padres
ENTREVISTA
Algum tempo depois do fim de um namoro Bruno Filipe foi para o Seminário de Santarém e, aos 28 anos, vai ser ordenado padre em breve

Bruno Filipe tem 28 anos e vai ser ordenado padre a 18 de Julho. É o propósito da sua vida, assumido com a consciência de que vai ter de fazer algumas renúncias.

Bruno Filipe deixou a catequese na adolescência, não era muito ligado à vida cristã e questionava a existência de Deus. Aos 20 anos estudava Música na Universidade de Aveiro quando um tio, de quem era muito próximo, faleceu. Foram as palavras do padre nas cerimónias fúnebres do tio que começaram a mudar a sua vida. “Ele disse: 'Vejam como este homem era bom, a quantidade de gente que aqui vem agradecer-lhe a vida'. Comecei a pensar se eu também era bom e se a minha vida estava a ir pelo caminho certo”, explica o jovem, de 28 anos, que vai ser ordenado padre no domingo, 18 de Julho.

Bruno Filipe considera que ser padre implica algumas renúncias, mesmo que seja por amor a Deus. Na sua opinião, mesmo que a hierarquia da Igreja Católica permitisse, o fim do celibato não iria ajudar a haver mais padres. “É preciso disponibilidade e se os padres fossem casados não conseguiriam dar atenção e estar comprometidos com a sua família, com a igreja e a comunidade cristã”, diz.

O jovem considera que existem cada vez mais divórcios porque as pessoas têm dificuldade em perdoar, que é algo que ajuda a crescer.

* Leia toda a história na edição semanal em papel desta quinta-feira, 15 de Julho

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