Município vai salvaguardar salinas de Alverca contra o betão
Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira analisou petição de sete associações ambientalistas e está de acordo com as propostas. Município vai blindar área das salinas de Alverca no Plano Director Municipal para acabar de vez com apetites imobiliários.
O município de Vila Franca de Xira está alinhado com as preocupações manifestadas o mês passado por sete associações ambientalistas e vai mesmo avançar com a classificação da zona das salinas de Alverca como reserva natural local no seu Plano Director Municipal (PDM).
A garantia foi deixada na última reunião pública do executivo por Alberto Mesquita, presidente do município, que disse concordar com a posição dos ambientalistas e voltou a reforçar a importância natural daqueles 40 hectares à beira Tejo, para onde em tempos já esteve prevista a construção de armazéns.
“O que já estava consagrado e vai ser reforçado na revisão do PDM será a classificação de todo aquele local como reserva natural. O PS está de acordo com esta petição e tudo faremos para que a preservação daquele local se concretize e esteja consagrada nos instrumentos urbanísticos”, garantiu o autarca.
Os terrenos são propriedade do Novo Banco. O líder do município espera assim que, “de uma vez por todas”, a classificação do espaço possa ser uma realidade. O Bloco de Esquerda, pela voz de Carlos Patrão, elogiou a posição da câmara e fala que a classificação das salinas é um sonho antigo de muitos munícipes. Também Mário Calado, da CDU, elegeu a importância da petição e da salvaguarda daquele território natural do concelho.
A petição, recorde-se, foi assinada por sete associações ambientalistas e veio ressuscitar o conteúdo de uma moção aprovada há sete anos na assembleia municipal que preconizava essa medida mas que até hoje não saiu do papel.
Os ambientalistas avisam que persistem ameaças à preservação e integridade das salinas e por isso o documento reivindica a definição de um cronograma para a elaboração do plano de acção para a criação da reserva em 12 meses.
As associações subscritoras são a Fapas - Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade, a Quercus, a Associação Natureza Portugal (ANP), Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA), Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a associação cívica Os Amigos do Forte.