Eugénio Madeira faz 300 quilómetros por dia a vender pão
Distribuidor trabalha sete dias por semana e percorre seis concelhos. Chega a vender cinco mil papos-secos por semana. Eugénio Madeira, que esteve emigrado um quarto de século no Brasil, é também uma ajuda para muitos idosos que vivem isolados.
Eugénio Madeira, 65 anos, é dos poucos que ainda vende pão e bolos porta a porta. Diariamente faz 300 quilómetros por seis concelhos: Benavente, Salvaterra de Magos, Coruche, Montemor-o-Novo, Almeirim e Chamusca. A jornada de trabalho começa por volta da uma da manhã, em Benavente, onde carrega cerca de mil quilos de pão e bolos. Eugénio Madeira não é só um distribuidor. É também um apoio para muitos idosos, seja para lhes pagar as facturas ou apenas para dois dedos de conversa.
Num ano só tem uma folga, no Natal. Eugénio Madeira não se queixa, porque diz ter a sorte de ter um emprego de que gosta e que lhe permite comunicar com muitas pessoas. Abraçou a profissão há cerca de cinco anos depois de regressar do Brasil, onde viveu 25 anos. Antes residiu 36 anos em Lisboa. Quando chegou do país do outro lado do Atlântico instalou-se em Rio Maior, a terra dos seus pais. Soube que a Panificação Benaventense estava a precisar de um vendedor e abraçou o desafio. Mudou-se entretanto para Ovelhas, concelho de Coruche, porque é mais perto de Benavente.