Concursos para obras públicas ficam desertos e empresários criticam autarcas
Concursos públicos sem empresas interessadas são um problema transversal que está a limitar a execução de fundos comunitários e que já obrigou o Estado a alterar a lei para reduzir riscos. Empresários dizem a O MIRANTE que as autarquias estão a esmagar valor base de muitas empreitadas, levando ao desinteresse das construtoras.
O que têm em comum o concurso público para a requalificação da Escola Básica e Jardim-de-Infância de Alvega, em Abrantes, o concurso para a remodelação do Posto e Destacamento da GNR de Coruche e o concurso para a requalificação da Rua Serpa Pinto, no Cartaxo? Todos ficaram desertos, engrossando a longa lista de concursos públicos vazios pela região, que por sua vez se traduz no atraso de projectos com impacto na qualidade de vida das populações. E tempo é dinheiro.
Um dos casos mais gritantes na região é a empreitada que prevê a requalificação urbana da vila da Chamusca que continua por adjudicar depois de quatro concursos não reunirem interessados. A situação levou inclusive a Câmara da Chamusca a utilizar como artimanha a reformulação do projecto de modo a permitir a realização das obras por fases recorrendo a procedimentos por ajuste directo. Mas nem assim houve concorrentes.