Barracas do Flecheiro em Tomar vão desaparecer até final do mandato
Câmara de Tomar prossegue demolições. Passo seguinte é requalificar a área construindo uma área de lazer nessa zona ribeirinha da cidade.
A Câmara Municipal de Tomar continua empenhada em eliminar o bairro de barracas do Flecheiro, numa das entradas da cidade, até ao final do mandato, que termina em Setembro. As intervenções de demolição e limpeza de terrenos continuam a bom ritmo num espaço para onde está projectada uma zona de lazer ribeirinha.
O projecto visa promover o reencontro da cidade com o Nabão através da diminuição da área de construção e do aumento de zonas verdes ao longo das margens do rio. A empreitada deverá custar ao município cerca de cinco milhões de euros, em intervenções que são para realizar durante os próximos anos.
Na última reunião de câmara, realizada a 19 de Julho, Hugo Cristóvão, vice-presidente da autarquia, informou que foram demolidas diversas barracas onde viviam meia dúzia de agregados familiares, que foram entretanto realojados em habitações sociais. “Continuamos a esvaziar todo o Flecheiro para que no próximo ano possamos trabalhar na sua requalificação pois é quando terminam os prazos de financiamento”, disse.
Recorde-se que o município de Tomar antecipou, através do programa europeu REACT, o apoio financeiro para iniciar as intervenções referentes ao Plano de Pormenor do Flecheiro e Mercado. No total, a autarquia vai receber cerca de dois milhões de euros em verbas do próximo quadro comunitário, embora mantendo as regras do actual.
Duas centenas de pessoas realojadas
Quando o actual executivo, presidido por Anabela Freitas (PS), tomou posse, em Outubro de 2013, viviam no Flecheiro cerca de 230 pessoas de etnia cigana. Oito anos depois, segundo Hugo Cristóvão, vivem menos de meia centena, o que demonstra uma redução bastante significativa fruto do trabalho que o departamento de acção social tem vindo a realizar.