Sociedade | 14-08-2021 10:00

Requalificação do Cineteatro São Pedro em Abrantes vai ficar mais cara

Requalificação do Cineteatro São Pedro em Abrantes vai ficar mais cara
Manuel Valamatos (ao centro) com elementos da associação Iniciativa de Abrantes a quem o município adquiriu o imóvel em 2020

Empresas que concorreram ao concurso consideraram que o valor base definido, de 1,8 milhões de euros, é escasso para a empreitada. Câmara de Abrantes vai rever em alta o valor e lançar novo procedimento.

O concurso público lançado pela Câmara de Abrantes no valor de 1,8 milhões de euros, para a requalificação do Cineteatro São Pedro, em Abrantes, ficou por adjudicar. Todas as empresas concorrentes apresentaram valores superiores ao preço base definido pela autarquia e foram, por esse motivo, excluídas.

A informação foi avançada na última reunião do executivo pelo presidente do município, Manuel Valamatos. O autarca acrescentou que a câmara municipal vai rever o valor da obra e abrir um novo procedimento concursal. “Ultimamente a concorrência é imensa e os valores dos materiais dispararam de forma muito acentuada na construção civil. Ninguém apresentou o valor de acordo com o caderno de encargos”, disse.

Sublinhando a importância daquele edifício “do ponto de vista cultural” para o concelho, o autarca socialista adiantou ainda que o novo concurso terá que ser lançado o mais breve possível para não pôr em risco o financiamento do quadro de apoio comunitário.

A reconstrução e ampliação do cineteatro São Pedro vai demorar cerca de ano e meio. Os trabalhos incluem a construção de novos camarins, ampliação do palco e instalação de um monta-cargas de apoio, reconstrução das escadas e remodelação da plateia com novo perfil de inclinação, cadeiras novas e lugares reservados para pessoas com mobilidade reduzida. O sistema de climatização passa a ser feito pelo pavimento e o espaço vai ficar dotado de tratamento acústico e terá uma nova cafetaria e zona de esplanada.

O edifício, recorde-se, está fechado desde Janeiro de 2018 depois de ter terminado o contrato de comodato que o município tinha assinado, 19 anos antes, com a sociedade Iniciativas de Abrantes. A Câmara de Abrantes, na altura presidida por Maria do Céu Antunes, actual ministra da Agricultura e a Iniciativas de Abrantes nunca se entenderam sobre o negócio, tendo sido o actual presidente da câmara a resolver o impasse, ao adquirir o imóvel por 470 mil euros.

Dois concursos sem adjudicação num mês

Em pouco mais de duas semanas esta foi a segunda vez que um concurso público lançado pelo município de Abrantes ficou por adjudicar. Em Julho, tal como O MIRANTE deu nota, ficou deserto o procedimento concursal para a requalificação da Escola Básica e Jardim-de-Infância de Alvega, que tinha como valor base 441 mil euros.

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