Rua do Tejo passou a ser Rua da Fábrica para acabar com as confusões
Câmara de Constância mudou topónimo em Constância Sul, junto à fábrica do Caima, mas decisão mereceu algumas críticas.
A Câmara de Constância decidiu alterar o nome da artéria que serve a fábrica de pasta de papel do Caima, em Constância Sul, que assim deixou de ser Rua do Tejo para ser Rua da Fábrica. O objectivo foi acabar com a confusão resultante de haver outra Rua do Tejo, mas esta na margem norte do rio, na vila sede de concelho, o que levava regularmente ao engano de camionistas que tinham por destino a unidade industrial.
A escolha do novo topónimo pelo executivo camarário liderado pelo socialista Sérgio Oliveira não é consensual na vila. Cesaltina Jofre, que integra a comissão de honra da recandidatura de Sérgio Oliveira, comentou na rede social Facebook que “a margem sul do Tejo tem nome e história: Santo António de Entre Vinhas”.
Já José Luz, presidente do conselho fiscal da Associação Casa Memória de Camões, questiona onde está o parecer da comissão de toponímica que sustenta a decisão camarária.
A deliberação do executivo surge poucas semanas depois de um camião com uma galera de grandes dimensões ter danificado um dos elementos em pedra que circunda o pelourinho de Constância, quando fazia a manobra de inversão de marcha na Praça Alexandre Herculano, no dia 26 de Julho.
Segundo confidenciam moradores da vila, com alguma frequência circulavam, por engano, camiões na apertada Praça Alexandre Herculano, encaminhados pelo GPS para a Rua do Tejo da margem norte. Alguns veículos pesados acabavam por ir parar ao centro histórico de Constância com veículos de grandes dimensões que depois tinham dificuldades em fazer a manobra de inversão de marcha.