Veterinários insistem em levantamento nacional de abrigos para evitar morte de animais
Este problema é geral e global do país, onde existem várias situações de abrigos, uns legais e outros ilegais, com falta de condições.
A Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) insistiu na necessidade de um levantamento nacional de abrigos de animais para que não se repitam mortes como as que resultaram dos incêndios em Vila Real de Santo António (Algarve).
Em reação à morte de mais de uma dezena de animais num abrigo ilegal, o presidente da OMV, Jorge Cid, mostrou-se consternado e sublinhou que os veterinários têm vindo “a alertar ao longo dos anos que este problema é geral e global do país, onde pululam situações de abrigos, uns legais e outros ilegais, com falta de condições”.
Insistiu, por isso, na necessidade de realizar “um levantamento nacional de todas estas situações e destes locais para ver os que têm condições para funcionar e os que não têm” de modo a que “não haja surpresas como agora”.
“Em caso de catástrofe - neste caso incêndios, mas poderiam ser inundações e sismos - tem de haver um plano previamente definido para a alocação dos animais, quer de companhia, quer de produção e de zoo”, integrado na protecção civil, afirmou Jorge Cid.
O problema de raiz, frisou, é a questão dos animais abandonados e a “falta de vontade política” para o resolver.
"Basta fazer um levantamento nacional de todos os animais existentes em abrigos, canis e associações, microchipá-los a todos e esterilizar no mínimo as cadelas e eventualmente os cães, e o problema vai-se resolvendo", acrescentou o presidente da OMV.
Outras ferramentas que considerou necessárias para evitar episódios como o de Vila Real de Santo António, esta semana, e o de Santo Tirso, em 2020, passam por integrar veterinários na proteção civil e contratar "muito mais veterinários municipais" ao serviço das autarquias.