Sociedade | 21-08-2021 18:00

Videovigilância florestal e de apoio ao socorro volta a falhar

Videovigilância florestal e de apoio ao socorro volta a falhar
Câmaras são controladas pelo comando distrital de operações de socorro em Almeirim

O sistema composto por 16 câmaras que transmitem imagens em tempo real para o Comando Distrital de Operações de Socorro, em Almeirim, esteve inoperacional devido a problemas técnicos. Em Maio as câmaras estiveram semanas desligadas porque a GNR e a Protecção Civil não se entendiam e porque deixaram de pagar a manutenção.

O sistema de videovigilância da floresta e de apoio ao socorro no distrito de Santarém voltou a falhar na passada semana, depois de há cinco meses as 13 das 16 câmaras terem estado desligadas bastante tempo devido a uma disputa entre a GNR e Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil. Agora o problema deveu-se a complicações técnicas no início da semana passada, tendo algumas situações ficado resolvidas no dia seguinte enquanto outras estiveram a ser reparadas durante toda a semana.

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e da Câmara de Almeirim, cidade onde funciona o Comando Distrital de Operações de Socorro, onde está instalado o sistema de controlo e visualização das imagens, disse a O MIRANTE ter obtido informação do Governo de que o sistema já se encontram a funcionar em pleno desde dia 16. Os sistemas foram adquiridos pelas comunidades intermunicipais da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo, que assumiram os custos dos primeiros três anos de manutenção.

Recorde-se que em Maio quase todas as câmaras de vigilância instaladas há três anos no distrito de Santarém, para vigilância das florestas e apoio ao socorro, estavam desligadas porque o contrato de manutenção não foi pago. Os sistemas foram adquiridos pelas comunidades intermunicipais da Lezíria do Tejo e do Médio Tejo e entregues ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS), tendo sido dado acesso à GNR. Mas entretanto a Guarda reclamou a gestão deste tipo de videovigilância, denominado Ciclope.

A situação ocorrida em Maio acabaria por ficar resolvida pouco tempo depois de ter sido noticiada, com o Ministério da Administração Interna a pagar a reparação e manutenção, tendo continuado a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil a operar o sistema. A guerra entre as duas instituições prendia-se com o facto de no Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios competir à GNR a vigilância das florestas e a Lei 9/2012 atribuir às forças de segurança a responsabilidade da videovigilância. No âmbito das competências da ANEPC as imagens e informações obtidas das câmaras de vigilância são uma ferramenta fundamental para apoio à decisão operacional e encaminhamento de meios de socorro.

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