Sociedade | 04-09-2021 09:58

Histórias sobre como é viver com cancro da mama no museu em Mira de Aire

Histórias sobre como é viver com cancro da mama no museu em Mira de Aire

A exposição “Mamaminha”, de Inês Carrelhas, pode ser visitada até 15 de Outubro de 2021 no Museu Industrial e Artesanal do Têxtil, em Mira de Aire.

O Museu Industrial e Artesanal do Têxtil (MIAT), em Mira de Aire, concelho de Porto de Mós, vai receber mais uma exposição de arte têxtil. A exposição da autoria de Inês Carrelhas, intitulada de “Mamaminha”, pretende sensibilizar o público para temáticas relacionadas com o cancro de mama. Composta por 5 instalações de arte têxtil, a exposição é uma interpretação estética e artística da vivência de um cancro de mama, experienciada pela artista e completada pela participação e testemunhos de mais sete mulheres. O projeto nasceu em 2018, entre os corredores do Instituto Português de Oncologia (IPO) e a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. “Comecei a forrar os aros dos soutiens, que fui pedindo por aí, enquanto esperava pelas consultas. Chamei-lhe Mamaminha. Resolvi representar 75 mulheres que tinham sofrido desta doença tão comum e com isso ajudar quem tem necessidades de apoio, dar voz a esta problemática e sobretudo alertar para a prevenção e para o diagnóstico precoce”, refere, Inês Carrelhas.

Durante a permanência de “Mamaminha” no MIAT, entre 4 de Setembro e 15 de Outubro, vão ser agendados um conjunto de workshops e conversas, onde a artista pretende partilhar com outras mulheres e homens, através da arte, uma experiência lúdica e emocional à volta do seu próprio corpo. Os workshops “Maria.Mamaminha” têm a duração de 6 a 9 horas, divididos em dois ou três dias, com horários flexíveis dentro do horário do museu e datas indicadas.

A exposição de Inês Carrelhas já esteve patente no Museu Natural de História e da Ciência da Universidade de Lisboa e no The Passenger Hostel, na Estação de São Bento, no Porto.

O Museu Industrial e Artesanal do Têxtil foi inaugurado a 18 de Maio de 2020 e nasceu de um sonho de José Paulo Baptista, empresário na área do turismo. O museu tem como principal objectivo preservar o património industrial da região de Minde e Mira de Aire e informar os visitantes sobre a forma como se processava a lã no fabrico de carpetes, mantas, fazenda e malhas.

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