Sociedade | 13-09-2021 07:00

Algar junto aos Bombeiros de Minde é um perigo por eliminar há onze anos

Algar junto aos Bombeiros de Minde é um perigo por eliminar há onze anos
Alguns moradores temem que a cratera leve ao abatimento completo da estrada

Problema arrasta-se com a população a temer pela sua segurança e a não se conformar. A Câmara de Alcanena diz estar quase pronta a avançar com uma nova intervenção depois de outras falhadas e de um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia ter sido inconclusivo.

Uma cratera com cerca de um metro de diâmetro e alguma profundidade junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Minde, concelho de Alcanena está a aumentar e a deixar preocupados alguns populares, que não se conformam com a falta de soluções. A estrada foi totalmente vedada à circulação automóvel pela Câmara de Alcanena que anda há anos para resolver o problema.

O algar que se começou a formar há onze anos devido à forte circulação de águas pluviais no subsolo, além de estar a aumentar em profundidade está a causar o abatimento do pavimento betuminoso daquela via e a abrir fissuras numa das paredes do quartel dos bombeiros.

“O maior receio é que a estrada abata por completo de um momento para o outro. O que aqui está é um perigo e ninguém o resolve”, diz a O MIRANTE Francisco Fernandes, residente na freguesia de Minde. “As fendas no quartel são preocupantes e ninguém nos garante que esta situação não está a afectar a própria estrutura do quartel”, alerta António Exposto, morador que tem acompanhado de perto o evoluir da cratera.

A Câmara de Alcanena realizou, em 2018, a última intervenção no local, mas tal como em 2017, ano em que ocorreu mais um aluimento de terras, de nada adiantou. O problema, admite a presidente do município, Fernanda Asseiceira, é complexo, mas tal como anunciado em 2020 continua previsto arrancar até ao final deste ano com uma intervenção.

“O problema do abatimento que se faz sentir naquele local tem origem numa área muito mais extensa que implica o encaminhamento de águas pluviais”, explica a autarca, adiantando que a avaliação à rede pluvial de Minde está a cargo da empresa municipal de águas e saneamento, Aquanena.

Devido à complexidade do caso, recorde-se, a autarquia contratou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para monitorizar o algar e descobrir a origem do fenómeno. O estudo acabou por se revelar inconclusivo, ficando “muito aquém do que era esperado pela câmara municipal”, que aguardava um relatório que pudesse pelo menos indicar a forma mais segura de se realizar a intervenção. “Tratado-se de uma entidade credenciada, pensámos que nos pudesse orientar sobre o que fazer, com que materiais e onde intervir”, vincou a autarca.

Fernanda Asseiceira adiantou ainda que a empresa municipal Aquanena está a avançar com a elaboração do caderno de encargos, que vai permitir à empresa a quem a obra vai ser adjudicada ter uma orientação técnica para que os trabalhos possam ser eficazes e realizados em segurança.

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