Moradores pedem fim de limitações ao trânsito no centro histórico de Tomar
Alguns residentes foram à última sessão camarária protestar contra as limitações de circulação de trânsito impostas pelo município aos fins-de-semana. Presidente da câmara prometeu ouvir os moradores para se encontrar um equilíbrio.
A medida implementada pela Câmara Municipal de Tomar de suspender a circulação rodoviária em algumas ruas do centro histórico da cidade durante os fins-de-semana está a causar descontentamento entre alguns moradores. Na última sessão camarária, que se realizou na segunda-feira, 30 de Agosto, alguns residentes deslocaram-se ao salão nobre do edifício dos Paços do Concelho para pedirem ao executivo para a circulação voltar ao normal, sobretudo devido à falta de acessibilidades.
“Todos sabemos a importância de ter um centro histórico bonito e de fácil circulação a pé, mas como moradora, e já com alguma idade, estou preocupada com as condições que temos. Há muitas pessoas com problemas de saúde que precisam de se deslocar de carro ao fim-de-semana e não podem pôr causa destes impedimentos”, lamentou Maria de Macedo, uma das munícipes que marcou presença na reunião.
A moradora continuou dando como exemplo uma residente na Rua Aurora de Macedo que tem necessidades especiais e cuja família tem tido dificuldade em garantir os seus cuidados por causa das restrições. “Esta situação chateia-nos imenso e pode ser resolvida com um bocado de bom senso. Fechando e trancando-nos a rua durante o fim-de-semana não beneficia ninguém, pelo contrário, prejudica muita gente”, insistiu.
O encerramento do trânsito rodoviário ao fim-de-semana em algumas ruas do centro histórico, como a Rua Infantaria 15, a Rua dos Moinhos, a Rua Aurora de Macedo e a Rua Pedro Dias, é uma medida adoptada pela autarquia que pretende facilitar e incentivar a circulação pedonal de forma a promover as lojas de comércio local e os cafés poderem aumentar o tamanho das esplanadas.
Anabela Freitas, presidente da Câmara Municipal de Tomar, respondeu a Maria de Macedo afirmando compreender a posição dos moradores, salientando, no entanto, que fazer a gestão de um centro histórico é sempre muito complicado devido às suas particularidades. “Encontrar um equilíbrio entre quem vive no centro histórico e quem lá trabalha é sempre muito difícil. Contudo, os nossos serviços vão para o terreno para ouvir os moradores e tentarmos chegar a um acordo com os comerciantes”, disse a autarca.