Sociedade | 14-09-2021 18:00

Esgoto a céu aberto é um martírio para quem vive e trabalha no Forte da Casa

Esgoto a céu aberto é um martírio para quem vive e trabalha no Forte da Casa
Moradores e comerciantes como Alberto Menoito já não sabem mais o que fazer para aguentar com os maus cheiros de um esgoto que corre a céu aberto

Maus cheiros têm sido uma constante no centro da vila. Residentes já se queixaram várias vezes mas nada foi resolvido. Há quem esteja a perder a paciência e quem confesse não abrir as janelas de casa por não suportar os cheiros.

Há mais de seis meses que quem vive e trabalha no Largo dos Bombeiros Voluntários, Rua José Gomes Ferreira e Rua José Fontana, no Forte da Casa, não sabe o que é viver sem o intenso cheiro a esgoto que se tem sentido naquele local.

Tudo por culpa de uma caixa de esgoto situada num terreno próximo do ramal da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) que tem vertido água poluída e que se acumula a céu aberto pela várzea. O volume de água parada depende dos dias e quando chove os maus odores aliviam.

O município de Vila Franca de Xira explica que, após análise no local, foi verificada a existência de ligações indevidas a ramais domiciliários naquela zona habitacional do Forte da Casa, pelo que os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) estão a proceder à sua rectificação. “Ainda no âmbito das ligações indevidas estão estes serviços a proceder à sua detecção exaustiva”, garante o município.

Alberto Menoito tem um pequeno bar com esplanada próximo do local e confirma que ultimamente os maus cheiros não têm só prejudicado o nariz como também o negócio. “Não se consegue estar na esplanada porque é um mau cheiro terrível. Não se percebe como é que ainda ninguém fez nada para resolver aquilo. Fica muito pior nos dias de calor. Forma-se um charco com água de esgoto que fica ali parada. Não se suporta”, desabafa.

E para outros moradores o sentimento não é melhor. Alfredo Cunha diz não abrir as janelas de casa, que ficam voltadas para o ribeiro, há mais de seis meses. “E para estendermos a roupa tem de ser nas varandas voltadas a sul porque senão até a roupa fica a cheirar a porcaria”, lamenta.

Clara Mendes é outra moradora da zona e diz que, para além dos maus cheiros, os insectos são outro problema. “Aquilo atrai milhares de melgas, é uma coisa incrível, não se aguenta. Não é admissível que em pleno século XXI, à porta da capital de um país, ainda se tenha um esgoto a correr a céu aberto em plena zona residencial”, diz, indignada.

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