Sociedade | 22-09-2021 18:00

Já há terreno para novo viaduto na Póvoa de Santa Iria

Um terreno de quatro hectares com edificado ao abandono próximo da rotunda dos caniços na Estrada Nacional 10, na Póvoa de Santa Iria, foi adquirido pelo município de Vila Franca de Xira ao Banco Comercial Português por 100 mil euros.

A operação, aprovada por maioria na última reunião pública do executivo, permitirá o avanço das obras de construção do novo viaduto de acesso à zona ribeirinha da Póvoa, em particular ao espaço onde está a ser construída a urbanização Vila Rio. O terreno contém edificado que terá de ser demolido e limpo antes de ser usado, também a expensas da câmara.

O presidente do município, Alberto Mesquita, diz que se trata de uma boa solução para melhorar a futura mobilidade da cidade e que este era o único compromisso que faltava para que o problema do novo viaduto fique resolvido. “O valor que inicialmente nos pediram era muito elevado e foi muito negociado. Estamos perante uma boa solução para que o viaduto possa ser construído a breve trecho. É uma solução absolutamente decisiva e importante”, explica o autarca.

A oposição do Bloco de Esquerda e CDU, no entanto, discorda e votou contra a proposta. Nuno Libório, da CDU, criticou a opção por ser apressada antes das autárquicas. “Achamos incorrecto e inaceitável que a câmara a poucos dias das eleições esteja a tomar decisões com este impacto. Com esta decisão o município está a prejudicar o interesse público e a assumir responsabilidades que do ponto de vista da urbanização deviam ser assumidas pelo promotor”, criticou.

Em causa está, além dos 100 mil euros que a câmara gasta na compra do terreno, os custos que terá com a sua limpeza e ainda a provável contribuição entre os 200 e os 350 mil euros para co-financiar a obra, que terá da parte do promotor imobiliário um custo de 2 milhões e 650 mil euros. “Tudo faremos nos enquadramentos legais possíveis para evitar que este processo avance. Querem impor isto como acto consumado”, notou Nuno Libório.

Também Carlos Patrão, do Bloco de Esquerda, disse ver com muita preocupação a construção do viaduto, considerando que não deveria existir. “Vai ser construído para resolver um problema urbanístico que a câmara criou e entendemos que devia ser o promotor a pagá-lo. Não faz sentido que seja a câmara. Gostava de ver os estudos de tráfego que sustentam a construção deste viaduto. Temos de perceber quantos automóveis essa urbanização vai meter na já congestionada EN1”, afirmou.

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