ZERO defende que autarquias devem começar a implantar zonas livres de emissões
Associação ambientalista considera que as autarquias devem começar a implementar progressivamente Zonas de Zero Emissões (ZZE), onde não são permitidos veículos poluentes.
A associação ambientalista ZERO considera que as autarquias devem começar a implementar progressivamente Zonas de Zero Emissões (ZZE), onde não são permitidos veículos poluentes.
Estas é uma das medidas sugeridas pela ZERO no âmbito do Dia Europeu sem Carros, que se assinala a 22 de Setembro.
As Zonas de Zero Emissões (ZZE), onde apenas são permitidos veículos com emissões zero, “são um instrumento de política pública ao dispor das cidades para melhoria da qualidade do ar e do conforto do espaço público”, sublinha a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, defendendo que o caminho para a implantação destas zonas a médio prazo “tem de ser preparado desde já”.
No entender da ZERO as autarquias podem fazê-lo progressivamente, “começando nos centros históricos e alargando-as às zonas mais periféricas, e em períodos de tempo limitados, como aos domingos e feriados, sempre com justificadas exceções, como é o caso de pessoas com mobilidade reduzida”.
A medida é uma das propostas apresentadas pela ZERO no âmbito do Dia Europeu Sem Carros e que resulta de uma auscultação a todos os partidos e movimentos candidatos às câmaras de Lisboa e do Porto, nas eleições autárquicas de domingo.
Entre as respostas às questões relacionadas com a mobilidade, colocadas a todas as candidaturas concorrentes, a associação compilou um resumo das medidas propostas pelos candidatos e que serviram de base às recomendações agora divulgadas pela ZERO.
Para a ZERO, “é imprescindível recorrer a medidas que façam reduzir o número de carros em circulação e a sua utilização", através de políticas públicas que fomentem a utilização do transporte público, “cuja quota modal tem de subir significativamente”.
Para isso, defende como imprescindível, por um lado, o alargamento da oferta de transporte público, a implementação de transporte ‘on-demand’ (a pedido), através de pequenos autocarros e de uma aplicação para telemóvel.
Por ouro lado, sugere a dissuasão da utilização de automóvel, com estacionamento condicionado e limitado dentro das cidades e ”parques dissuasores” na periferia.
“As autarquias devem ainda articular de forma estreita com as empresas no sentido da criação de planos de mobilidade adaptados a cada caso, como forma de proporcionar que os funcionários deixem o carro em casa”, sugere a ZERO.
A ZERO considera ainda essencial a promoção da mobilidade eléctrica, propondo que as autarquias facilitem o carregamento de carros elétricos através da instalação de uma rede de carregamento “bem distribuída e densa, incluindo nos locais de trabalho e praças de táxis”.
Defende ainda, da parte das autarquias, “um incentivo à eletrificação das frotas de táxis e à descarbonização das frotas de logística urbana”, bem como a “isenção ou redução acentuada das tarifas de estacionamento” para carros eléctricos e a promoção de “sistemas de veículos eléctricos partilhados, integrados com o sistema de transporte público”, sublinha a associação numa nota à imprensa.