Sociedade | 30-09-2021 12:00

Sair e entrar em casa é um martírio para Carlos Tomás

Sair e entrar em casa é um martírio para Carlos Tomás
Carlos Tomás tem que deixar a cadeira eléctrica no passeio e tentar subir em pé ou arrastar-se até casa

Deficiente motor reside no bairro social de Povos, em Vila Franca de Xira, tem 45 anos e uma doença que o atirou para uma cadeira de rodas. Sempre que sai de casa tem uma dezena de degraus pela frente.

Quem chega ao número 5 da Rua José Vanzeller Pereira Palha, no bairro social de Povos, concelho de Vila Franca de Xira conta uma dezena de escadas até à entrada do rés-do-chão esquerdo. Para Carlos Tomás, de 45 anos, que se desloca em cadeira de rodas, a escadaria funciona como uma montanha difícil de escalar, que o impede de chegar a casa em segurança. Depois de vários apelos à Câmara de Vila Franca de Xira por uma solução, sente-se desprezado.

Por causa da pouca mobilidade devido à poliomielite - doença que o atacou na infância e lhe causa falta de equilíbrio e fraqueza muscular irreversível - Carlos tem que se “arrastar pelas escadas” ou fazer o percurso agarrado ao corrimão” colocado pela autarquia para o auxiliar na subida. As pernas falham-lhe quase sempre. Já perdeu a conta à quantidade de vezes que caiu desamparado, de costas pelas escadas abaixo. E como não se consegue levantar sem auxílio, quando cai, resta-lhe esperar que passe alguém. “Chego a ficar horas deitado no chão, cheio de dores e exausto de tanto tentar pôr-me em pé”, conta a O MIRANTE.

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