Chegou esta quarta-feira ao fim o leilão da quinta geração de rede móvel. A fase principal do leilão durava desde meados de janeiro, ou seja, durante os últimos nove meses. O Estado vai arrecadar 566,8 milhões de euros, o dobro do que se previa inicialmente.

"Terminou hoje a fase de licitação principal do Leilão 5G e outras faixas relevantes após 1727 rondas, e consequentemente concluiu-se a fase de licitação do leilão)", lê-se num comunicado divulgado pela ANACOM.

Agora, explica o regulador liderado por João Cadete de Matos, o leilão vai prosseguir com as fases de consignação e atribuição dos direitos de utilização aos operadores.

A segunda fase da venda de frequências foi bastante polémica com protestos permanentes dos grandes operadores, Meo Nos e Vodafone. E envolveu ainda a mudança das regras do leilão por duas vezes, para acelerar um processo que se arrastou por cerca de nove meses. A última mudança às regras do leilão impedia licitações abaixo de 5%, pondo fim às licitações de 1% e 3%. Foi uma forma da ANACOM reconhecer que o leilão precisava de ajustes.

João Cadete de Matos, o presidente da ANACOM, levou assim até ao fim uma das maiores lutas de um regulador numa área onde os consumidores portugueses continuam com preços muito acima dos praticados no resto da Europa com a desvantagem de a internet ainda ser uma miragem em certas zonas do país.