Sociedade | 01-12-2021 15:00

Estudo para determinar prevalência da insuficiência cardíaca em Portugal

Estudo para determinar prevalência da insuficiência cardíaca em Portugal
FOTO ILUSTRATIVA - FOTO DR

Insuficiência cardíaca é a causa mais comum nos internamentos acima dos 65 anos e cujos dados têm mais de 20 anos.

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia iniciou, na quarta-feira, 1 de Dezembro, um estudo para determinar a prevalência em Portugal da insuficiência cardíaca, a causa mais comum nos internamentos acima dos 65 anos e cujos dados têm mais de 20 anos.

Rui Baptista, um dos investigadores envolvidos no PORTHOS, explicou que a insuficiência cardíaca se caracteriza pela “incapacidade do coração em bombear sangue para os vários órgãos”, sublinhando que é como “uma doença de um coração que já sofreu várias agressões”.

“Ela [insuficiência] acontece porque as pessoas têm hipertensão, têm diabetes, têm enfartes, vão sobrevivendo, felizmente, mas o coração vai tendo as suas sequelas”, explicou Rui Baptista, sublinhando que a insuficiência cardíaca é a principal causa de internamento depois dos 65 anos.

“À medida que a população vai envelhecendo o número de doentes vai aumentando e, na realidade, a insuficiência cardíaca é a principal causa de internamento depois dos 65 anos em Portugal, o que, no fundo, traduz este envelhecimento da população”, afirmou.

Lembrou que os últimos estudos sobre a prevalência (número de doentes por 100 mil habitantes ou por milhão de habitantes) têm mais de 20 anos e que o que os investigadores pretendem é saber, “com a população envelhecida que Portugal tem e com toda a evolução epidemiológica que ocorreu nos últimos 20 anos, qual é a realidade actual”.

O especialista destacou a importância desta atualização de dados, não só para os médicos: “é importante também para podermos distribuir melhor os recursos, saber que doentes temos, onde é que eles estão, como é que eles distribuem [pelo território] urbano ou rural, pelos sexos e pelas idades”.

Adiantou também que os registos de base populacional “são bons”, pois permitem conhecer quantos doentes há de determinada doença, mas “não têm o rigor de um estudo epidemiológico como o PORTHOS”.

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