Homem apanhado a vandalizar campas no cemitério da Póvoa da Isenta
Um homem de 30 anos foi encontrado por uma popular a abrir uma sepultura durante a tarde de segunda-feira, 17 de Janeiro, no cemitério da Póvoa da Isenta. Foi a segunda vez no espaço de uma semana que a situação ocorreu.
Um homem com cerca de 30 anos foi apanhado em flagrante por um popular a vandalizar uma campa no cemitério da Póvoa da Isenta, no concelho de Santarém. O episódio aconteceu na tarde de segunda-feira, 17 de Janeiro, e esta terá sido a segunda vez, no espaço de uma semana, que o mesmo homem profanou uma campa naquele cemitério.
A primeira campa foi vandalizada a 11 de Janeiro e, segundo José Pedro, presidente da junta de freguesia de Póvoa da Isenta, foi o coveiro que, ao entrar ao serviço na manhã seguinte, encontrou a campa aberta. O autarca explica a O MIRANTE que nada foi roubado, nomeadamente as lápides e os vasos com flores.
Da segunda vez, acrescenta, o indivíduo foi apanhado em flagrante por uma popular que estava de visita ao cemitério para levar flores a um ente querido. A senhora ligou de imediato para José Pedro que se deslocou ao cemitério, onde ainda encontrou o homem a cavar a terra junto à campa. O presidente de junta abordou-o de forma pacífica e recebeu uma resposta que demonstra que o homem terá alguns problemas mentais. “Disse-me que estava a abrir a campa porque a pessoa ainda estava viva”, conta. José Pedro refere ainda que já tinha ouvido comentar na aldeia que havia um homem lhe tinha por hábito ir para o cemitério lavar as campas e regar flores para se distrair.
O repórter de O MIRANTE deslocou-se ao local e falou com uma mulher, que preferiu não revelar a identidade, que diz conhecer o homem referindo que é uma pessoa reservada e que é recorrente ter alguns episódios de “loucura”. Fonte oficial da Guarda Nacional Republicana (GNR) explicou a O MIRANTE que, tendo em conta o historial do individuo, este foi transportado para a ala psiquiátrica do Hospital de Distrital de Santarém, ao abrigo da Lei da Saúde Mental. A mesmo fonte refere que o homem só será presente a tribunal caso as famílias apresentem queixas às autoridades.
De acordo com o artigo 254.º do Código Penal, profanar lugar onde repousa pessoa falecida ou monumento aí erigido em sua memória, praticando actos ofensivos do respeito devido aos mortos é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias.