Sociedade | 17-01-2022 15:00

Passagem de ano na Chamusca para meia centena de pessoas custou mais de 20 mil euros

Passagem de ano na Chamusca para meia centena de pessoas custou mais de 20 mil euros

Os dois espectáculos musicais que a Câmara da Chamusca contratou para a noite de passagem de ano custaram mais de 17 mil euros. A festa também teve animação e fogo-de-artifício. Apesar das altas expectativas a iniciativa contou com pouco público e a maioria não residia no concelho.

Os artistas contratados pelo município da Chamusca para animar a noite de passagem de ano custaram aos cofres municipais 17.500 euros. David Antunes e a The Midnight Band e a dupla Luciana e Pri actuaram durante cerca de três horas num recinto colocado no parque municipal da vila. A iniciativa também teve animação e o tradicional fogo-de-artificio, o que faz com que o custo total estimado da festa se situe acima dos vinte mil euros.
O valor pago pela autarquia tem despertado curiosidade da oposição no executivo de maioria socialista, presidido por Paulo Queimado, e na população da Chamusca. As razões prendem-se pelo facto da festa se ter revelado um fracasso uma vez que, de acordo com o que O MIRANTE apurou, junto de algumas pessoas que estiveram no recinto, apenas marcaram presença nas comemorações cerca de meia centena de pessoas. A maioria do público vinha de fora do concelho, nomeadamente de Santarém, e estava a acompanhar um dos artistas que animou a noite.
O insucesso da iniciativa foi tão surpreendente para o município que, cerca de duas semanas depois, ainda não foi, e provavelmente nunca será, partilhada qualquer fotografia ou notícia nas redes sociais da autarquia, como habituamente acontece nestas ocasiões. Recorde-se que a câmara fez propaganda à noite de passagem de ano durante cerca de duas semanas e, em algumas das publicações que antecederam a festa, houve pessoas que se mostraram indignadas, afirmando que o município “não pode fechar os olhos para a saúde pública a troco de uma ou duas horas de diversão”.
Os comentários mais azedos explicam-se pelo facto de, na última semana do ano, o número de casos de Covid-19 no concelho da Chamusca ter triplicado, atingindo números perto da centena de infecções. Tal como aconteceu com o evento “Parque dos Sonhos de Natal”, a autarquia voltou a limitar os comentários nas redes sociais relativamente a esta iniciativa.
A entrada na festa era livre, embora tivesse que ser apresentado certificado de teste antigénio negativo ou certificado de recuperação à Covid-19. As medidas não chegaram para convencer os eleitos da Assembleia Municipal da Chamusca que, na sessão realizada a 21 de Dezembro, questionaram o presidente da câmara sobre o ‘timing’ dos festejos e os efeitos que um evento destes poderia ter na população. Paulo Queimado respondeu que a decisão pela realização da passagem de ano foi tomada em conjunto com os serviços de Protecção Civil e que as condições de segurança estavam garantidas.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1724
    09-07-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1724
    09-07-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1724
    09-07-2025
    Capa Vale Tejo