Sociedade | 02-02-2022 12:00

Donos de lojas do antigo Vila Franca Centro convidados a ser parte da solução

Donos de lojas do antigo Vila Franca Centro convidados a ser parte da solução

Os 85 proprietários das 216 fracções do fracassado centro comercial de Vila Franca de Xira foram convidados pelo município a sugerirem soluções para um espaço ao abandono há nove anos. Município obteve concordância para fazer obras.

Os proprietários de lojas no devoluto Vila Franca Centro têm até ao final do mês de Fevereiro para enviar ao município as suas intenções e sugestões para o espaço, com o objectivo de congregar vontades e delinear uma estratégia que vise a resolução do impasse em que se encontra o imóvel, no centro da cidade de Vila Franca de Xira.
Esta foi a principal conclusão da reunião realizada a 19 de Janeiro entre a câmara e os 85 proprietários das 216 fracções, que vão agora, por exemplo, ter de decidir se querem ou não vender os seus espaços ao fundo imobiliário que já detém 80 % do edifício e por que valores por metro quadrado o pretendem fazer.
Ao que O MIRANTE apurou, a maioria dos comerciantes aplaudiu a iniciativa municipal de os reunir, mas criticaram o facto de a autarquia não ter ainda uma ideia clara sobre o que fazer com o espaço, sendo que o presidente da câmara, Fernando Paulo Ferreira, apenas voltou a defender a sua ideia de transformar o edifício em habitação considerando que não tem condições para voltar a ser uma superfície comercial.
Muitos proprietários manifestaram na hora a sua intenção de vender as lojas que ainda têm no interior e às quais estão impedidos de aceder apesar de anualmente continuarem a ter de pagar Imposto Municipal sobre Imóveis que ronda os 100 euros por cada 50 metros quadrados. Outros apontaram o dedo à câmara pelo que disseram ser o definhar do comércio local na cidade e por nunca ter ajudado o centro a manter-se de portas abertas.
Ainda assim, o município conseguiu obter a autorização da maioria dos condóminos para realizar obras no edifício, em particular no acesso às garagens que foram adquiridas pelo município no último mandato e que, sem ela, não poderiam avançar. Foi também autorizada a construção de um elevador no exterior que permita a entrada e saída do estacionamento.
“A grande maioria dos comerciantes aderiu ao convite e compareceu, o que deixou bem patente o interesse nesta iniciativa e demonstra a disponibilidade de todos os intervenientes em estabelecer uma caminhada de deliberação conjunta, na qual depositamos esperança de entendimento”, refere o município a O MIRANTE. A câmara promete também, junto dos contactos institucionais que habitualmente realiza, encontrar soluções para um desfecho que, “dentro do possível, corresponda às expectativas de todos os proprietários e seja útil para a cidade”.

CDU critica “operação de charme”

Em comunicado a CDU reage à reunião com os proprietários, nove anos depois do encerramento do centro comercial, considerando-a uma operação de charme e uma mão cheia de nada. “Ao contrário do que eram as expectativas, o PS não só não avançou com nenhuma solução concreta para o futuro deste espaço, como não assumiu a responsabilidade urbanística que lhe cabe nesta matéria por ser agora um dos principais proprietários”, criticam os comunistas.

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