O presidente do Centro de Bem-Estar Infantil de Vila Franca de Xira (CBEI), Gil Teixeira, que deixou de ser o representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no núcleo executivo do Conselho Local de Acção Social (CLAS) de Vila Franca de Xira, explica que saiu do cargo por vontade própria e não por pressão dos seus pares. 
Em resposta a O MIRANTE, o dirigente explica que o mandato é de dois anos e que por esse motivo tiveram de ser eleitos novos representantes dos sectores da educação, solidariedade social e juntas de freguesia. “Conforme consta em acta dos conselheiros do CLAS, foi sugerido por mim que a eleição do representante das IPSS decorresse em momento anterior ao início da assembleia. Assim, foi perguntado aos representantes das IPSS quem se disponibilizava para o lugar sendo que não manifestei disponibilidade para continuar a representar as IPSS”, explica. 
Acabou por ser, como O MIRANTE noticiou, indicado Pedro Canto, da Casa do Povo de Vialonga. “O presidente do órgão de administração do CBEI cumpriu o seu mandato, participou em todas as reuniões, tomou decisões devidamente fundamentadas e dentro da Lei, tendo cumprido com o que lhe foi solicitado ao longo dos últimos anos”, explica Gil Teixeira.
O dirigente do CBEI nega também ter sentido desconforto por parte de outros dirigentes face ao trabalho que vinha efectuando. “Não fui confrontado com nenhum desagrado dos colegas das IPSS e durante estes 2 anos mantive um contacto salutar com vários dirigentes”, explica, notando que saiu da reunião logo que a eleição de Pedro Canto se concretizou por ser dia de Banco Alimentar “onde sempre estive durante a sua existência”, afirma, negando ainda que o CBEI não tenha recebido apoios municipais recentemente. “Temos vários protocolos em vigor e pagos mensalmente”, garante. 
“Quanto ao Instituto da Segurança Social os acordos também estão em dia, sendo de destacar que o CBEI fornece mais refeições em cantina social para além das protocoladas com o instituto porque o CBEI não deixa ninguém sem uma refeição”, explica.

CLAS trabalha em rede contra a pobreza e exclusão

O CLAS é um órgão local de concertação e congregação de esforços entre várias entidades do sector social, visando a erradicação ou atenuação da pobreza e exclusão social pela promoção do desenvolvimento social local. É constituído por entidades públicas e privadas com ou sem fins lucrativos, com intervenção directa ou indirecta na área social e a que ele aderiram de livre vontade. Além de um representante das 40 associações do sector social o núcleo executivo conta também com representantes da câmara municipal, da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em risco, agrupamentos de escolas, centros de saúde, Segurança Social e juntas de freguesia.