Delegação do SEF de Santarém todos os dias concede protecção a refugiados ucranianos
Delegação do SEF de Santarém tem recebido diariamente dezenas de pedidos de protecção temporária de refugiados da Ucrânia que foram acolhidos na nossa região. Gente que trabalhava, que estudava, que tinha uma vida estruturada e que, num ápice, se viu num país estranho com pouco mais do que a roupa que trazia no corpo.
Natalya, cidadã ucraniana de 57 anos, veio viver e trabalhar para Portugal no início deste século. Por cá esteve durante dez anos até que a doença da mãe a levou a regressar à terra natal. Dez anos depois, está de regresso ao nosso país, fugida da guerra causada pela invasão russa à Ucrânia. Natalya, que prefere não revelar o apelido à nossa reportagem, integra um grupo de 22 refugiados instalado temporariamente desde 6 de Março na Quinta do Arrife, em Amiais de Cima, concelho de Santarém. Veio com a filha de 16 anos, nascida em Portugal e que tem nacionalidade portuguesa, e elogia as condições de acolhimento que encontraram. Viviam numa zona próxima da fronteira com a Polónia, que até aí não tinha sido flagelada pelo conflito, e foi pelo país vizinho que o grupo saiu rumo a Portugal. Na Ucrânia ficaram dois filhos maiores, para já sem estarem envolvidos nos combates.
A conversa com Natalya decorre na manhã de quinta-feira, 10 de Março, junto à delegação de Santarém do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) onde se encontram cerca de duas dezenas de cidadãos ucranianos, vindos em grupo da Quinta do Arrife, e vários outros que vão chegando e partindo à medida que resolvem o que têm a tratar. É gente que trabalhava, que estudava, que tinha uma vida estruturada e que, num ápice, se vê num país estrangeiro com pouco mais do que a roupa que trazia no corpo.
* Leia a reportagem completa na edição semanal em papel desta quinta-feira