A cidade de Alverca foi a escolhida pela sua centralidade para ser o local de instalação da primeira Loja do Cidadão do concelho, que vai nascer no espaço da Auchan, perto da Urbanização da Malvarosa. O município de Vila Franca de Xira vai candidatar o projecto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a autorização da despesa inerente à celebração do contrato de arrendamento da loja foi aprovada por maioria, com os votos contra da CDU, na última reunião pública do executivo.
O projecto candidato pretende reformular por completo o atendimento dos serviços públicos no concelho de Vila Franca de Xira, para agrupar neles um conjunto de serviços de atendimento ao cidadão num único local com as vantagens de celeridade e comodidade associadas a estas lojas. Vila Franca de Xira quer aproveitar as vantagens do financiamento a fundo perdido do PRR para avançar com o projecto, que já tem a bênção da Agência para a Modernização Administrativa. Existem já três entidades disponíveis para integrar os serviços da futura Loja do Cidadão de Vila Franca de Xira: a Autoridade Tributária e Aduaneira, o Instituto dos Registos e Notariado e o Instituto da Segurança Social.
Além dos serviços da administração central, a Loja do Cidadão integrará também os balcões de atendimento municipal Espaço Cidadão, com serviços dos SMAS, União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho e outras que ainda venham a mostrar-se interessadas. O edifício do Auchan foi escolhido por se encontrar numa zona afecta a grandes superfícies comerciais, “pelo seu bom enquadramento no que diz respeito aos acessos viários junto à Estrada Nacional 10 e aos transportes públicos (autocarro e comboio), bem como pela facilidade de estacionamento no parque interior e exterior do edifício”, lê-se na proposta.

Renda de 40 mil euros por ano
Da negociação feita entre a câmara e a Auchan Retail Portugal ficou decidido o arrendamento de uma loja no piso 1 com uma área bruta de 1.095 metros quadrados, que vão custar aos cofres municipais 40.931 euros por ano, referentes ao aluguer do espaço, serviços, limpeza, vigilância e manutenção. O contrato de ocupação vai ser celebrado pelo prazo de 14 anos, com pagamentos totais de 573 mil euros.
A CDU votou contra a proposta por não concordar que a loja seja instalada num espaço privado considerando também que o espaço não é servido por boas acessibilidades. Nuno Libório, da CDU, apresentou uma proposta para que fossem estudados locais alternativos na cidade onde instalar o espaço que fossem propriedade municipal, como as antigas casas da OGMA no centro da cidade, mas a ideia acabou reprovada por todas as bancadas.