No antigo liceu de Tomar o trabalho não se limita à sala de aula
No ano em que comemora 50 anos de vida a Escola Santa Maria do Olival reforça a sua posição no ensino e no trabalho que desenvolve com a comunidade. Ao longo do ano vão decorrer várias actividades com o intuito de promover a relação entre escola e família.
A importância da escola na comunidade é inquestionável e a Escola Santa Maria do Olival, antigo Liceu de Tomar, assume-se como um espaço onde é possível começar a mudar o mundo. É desta forma que Maria Celeste Sousa, directora do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, e Júlia Morgado, professora coordenadora, definem a escola no ano em que comemora meio século de existência.
Maria Celeste Sousa afirma que o trabalho da escola não se limita apenas à sala de aula. Um dos objectivos é, refere, dar a toda a comunidade escolar vários tipos de estímulos que desenvolvam competências cognitivas e sociais. “Precisamos que a comunidade nos ajude e colabore connosco, mas temos que lhe dar algo em troca. Ao longo destas cinco décadas temos partilhado muitas iniciativas culturais, desportivas e ambientais”, explica dando como exemplo uma das últimas em que esteve presente em Tomar Jorge Paiva, um dos biólogos mais reconhecidos do país. “Trazemos cá pessoas de valor único, intelectual, científico e pedagógico. Por isso decidimos comemorar este aniversário com várias actividades ao longo do ano. Queremos mexer com a nossa comunidade”, sublinha.
No dia da conversa das professoras com O MIRANTE realizava-se um encontro entre actuais e antigos alunos na Biblioteca Municipal de Tomar. No fim-de-semana seguinte realizaram-se espectáculos culturais que levaram centenas de pessoas ao Cine-teatro Paraíso e juntaram em palco escolas, associações, grupos que existem, grupos que já não existem, gerações de famílias, participantes individuais, entre outras entidades.
“O que se passou no cine-teatro naqueles dois dias foi uma criação e demonstração de cultura e, já agora, com um nível de qualidade que nos faz questionar como é que numa população relativamente pouco numerosa, como é a de Tomar, existe uma percentagem de população artística tão grande em número e em qualidade”, refere Maria Celeste Sousa, directora do Agrupamento.
A inclusão e solidariedade também são temas que preocupam a comunidade escolar. Os mais de dois mil alunos têm realizado caminhadas, conferências, actividades gastronómicas, para alertar a população que ainda há muito a fazer nessa matéria. “Acima de tudo o nosso agrupamento quer formar boas pessoas e bons profissionais. Se só conseguirmos uma das coisas o nosso trabalho não ficará bem feito”, salienta Maria Celeste Sousa.