<strong>Novos dirigentes querem devolver a glória do passado ao Clube Recreativo e Desportivo de Trancoso</strong>
Na aldeia de Trancoso, em São João dos Montes, fecharam todos os estabelecimentos que existiam e só o clube recreativo e desportivo resiste de portas abertas. É o farol da localidade e tem o único café da aldeia onde se reencontram os vizinhos, se lê O MIRANTE e se assistem a espectáculos. O clube tem uma nova direcção que o quer reerguer depois da pandemia.
Poucos somos pequenos, muitos seremos grandes. Este é o lema do Clube Recreativo e Desportivo de Trancoso (CRDT), o centro de toda a vida diária da pequena localidade de Trancoso em São João dos Montes que tem perto de meio milhar de habitantes.
A mercearia e o café que ali existiam há muito fecharam portas e só o clube resiste de portas abertas à comunidade. É nele que a população vai tomar café, reencontrar os amigos e até ler os jornais, incluindo O MIRANTE. “É aqui no clube que os velhotes vão sabendo das notícias”, conta Neuza Soares, tesoureira da direcção e um dos novos rostos da direcção que tomou posse em Abril. É radiologista no Hospital de Vila Franca de Xira e desde pequena que está ligada à colectividade. Quando foi preciso encontrar nomes para formar uma lista não hesitou em assinar.
A seu lado está André do Vale, presidente da direcção e João Soares, vice-presidente. André do Vale é operador de assistência em escala no aeroporto de Lisboa e João Soares trabalha na OGMA em Alverca. Vivem a associação como se de um filho se tratasse e querem mantê-la de portas abertas.
Fundado a 26 de Março de 1976 o clube perdeu muita vida com a pandemia e tem tentado reerguer-se lentamente. “A pandemia rebentou connosco. Não só perdemos muitos dos nossos sócios fundadores que não resistiram à doença como também muita gente que tinha por hábito vir ao clube deixou de vir com receio. Houve pessoas que nunca mais vimos, fecharam-se em casa e isso não é nada saudável”, lamenta João Soares.* Notícia desenvolvida na próxima edição impressa de O MIRANTE